Ubrabio defende perspectiva de longo prazo na Conferência BiodieselBR
Com produção de 99 milhões de toneladas de soja projetada para a safra 2015/2016, o Brasil vai exportar 55 bilhões de toneladas do grão, sem agregar valor, isto é, sem industrializá-lo. Segundo o vice-presidente Técnico da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), Marcos Boff, esse volume de soja a ser exportado representa um potencial para produção de 11 bilhões de litros de biodiesel.
Em 2015, o país deve produzir 4 bilhões de litros de biodiesel para atender à mistura obrigatória de 7% em todo o diesel comercializado no território nacional. Mas, de acordo com o setor, a produção poderia ser maior.
Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (27), na Conferência BiodieselBR 2015. Boff participou do painel “Cenários para o mercado de diesel e Biodiesel” com a palestra “A importância de uma perspectiva de longo prazo para o biodiesel e para o país”.
O vice-presidente da Ubrabio destacou o potencial brasileiro para evoluir no uso e na produção de biodiesel. Atualmente, todo o diesel vendido no Brasil conta com 7% de biodiesel (B7), combustível renovável produzido a partir de óleos vegetais e gorduras residuais.
O óleo de soja é hoje a principal matéria-prima para este biocombustível no Brasil, correspondendo a 77% da produção.
“A gente iniciou o programa [de biodiesel], em 2007/2008, com uma safra de 60 milhões de toneladas. Para o ano que vem, a safra está projetada em 99 milhões de toneladas. O aumento é bastante relevante e a maior parte deste incremento acabou sendo voltada para a exportação”, analisou Boff.
Dos 99 milhões de toneladas, 55 milhões será destinado para a exportação, segundo as projeções para a safra 2015/2016.
“Nesses 55 milhões que estão sendo exportados existe um potencial de gerar 11 bilhões de litros de biodiesel, que seria suficiente para atender mais do que um B20 obrigatório, o que não é a proposta imediata do setor. O que o setor defende é o aumento imediato para B8, com previsão de avanço semestral para B9 e B10 ao longo de 2016, além dos mercados facultativos”, explicou.
Em tramitação na Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, no Senado, o PLS 613/2015 determina o aumento da mistura obrigatória do biodiesel adicionado ao diesel fóssil que abastece a frota brasileira. O texto prevê que a mistura passe para 8% contatos 90 dias de sua promulgação, com previsão de aumento para 9% seis meses depois, e 10% após mais seis meses.
A matéria está prevista para ser votada amanhã (29) e, caso seja aprovada, seguirá para tramitação na Câmara dos Deputados.
Uso facultativo
Marcos Boff também comentou a Resolução nº 03/2015, do Conselho Nacional de Política Energética, publicada em outubro, que autoriza a comercialização e o uso voluntário de biodiesel em misturas superiores à obrigatória, por grandes consumidores.
Para o vice-presidente técnico da Ubrabio, a resolução é uma nova oportunidade para o desenvolvimento do mercado opcional e da relação entre a distribuidora e os consumidores.
“O uso voluntário deve ter um incremento à medida que as vantagens econômicas do uso de misturas maiores de biodiesel sejam percebidas pelos consumidores”, destacou.
Em 2015, o país deve produzir 4 bilhões de litros de biodiesel para atender à mistura obrigatória de 7% em todo o diesel comercializado no território nacional. Mas, de acordo com o setor, a produção poderia ser maior.
Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (27), na Conferência BiodieselBR 2015. Boff participou do painel “Cenários para o mercado de diesel e Biodiesel” com a palestra “A importância de uma perspectiva de longo prazo para o biodiesel e para o país”.
O vice-presidente da Ubrabio destacou o potencial brasileiro para evoluir no uso e na produção de biodiesel. Atualmente, todo o diesel vendido no Brasil conta com 7% de biodiesel (B7), combustível renovável produzido a partir de óleos vegetais e gorduras residuais.
O óleo de soja é hoje a principal matéria-prima para este biocombustível no Brasil, correspondendo a 77% da produção.
“A gente iniciou o programa [de biodiesel], em 2007/2008, com uma safra de 60 milhões de toneladas. Para o ano que vem, a safra está projetada em 99 milhões de toneladas. O aumento é bastante relevante e a maior parte deste incremento acabou sendo voltada para a exportação”, analisou Boff.
Dos 99 milhões de toneladas, 55 milhões será destinado para a exportação, segundo as projeções para a safra 2015/2016.
“Nesses 55 milhões que estão sendo exportados existe um potencial de gerar 11 bilhões de litros de biodiesel, que seria suficiente para atender mais do que um B20 obrigatório, o que não é a proposta imediata do setor. O que o setor defende é o aumento imediato para B8, com previsão de avanço semestral para B9 e B10 ao longo de 2016, além dos mercados facultativos”, explicou.
Em tramitação na Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, no Senado, o PLS 613/2015 determina o aumento da mistura obrigatória do biodiesel adicionado ao diesel fóssil que abastece a frota brasileira. O texto prevê que a mistura passe para 8% contatos 90 dias de sua promulgação, com previsão de aumento para 9% seis meses depois, e 10% após mais seis meses.
A matéria está prevista para ser votada amanhã (29) e, caso seja aprovada, seguirá para tramitação na Câmara dos Deputados.
Uso facultativo
Marcos Boff também comentou a Resolução nº 03/2015, do Conselho Nacional de Política Energética, publicada em outubro, que autoriza a comercialização e o uso voluntário de biodiesel em misturas superiores à obrigatória, por grandes consumidores.
Para o vice-presidente técnico da Ubrabio, a resolução é uma nova oportunidade para o desenvolvimento do mercado opcional e da relação entre a distribuidora e os consumidores.
“O uso voluntário deve ter um incremento à medida que as vantagens econômicas do uso de misturas maiores de biodiesel sejam percebidas pelos consumidores”, destacou.