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Energia

Copel promove seminário sobre tecnologias energéticas do futuro'


CanalEnergia - 08 mai 2006 - 13:36 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

A Copel (PR), em parceria com o governo do Paraná e a Federação das Indústrias do Estado, promovem em Curitiba, de 7 a 9 de maio, o Seminário de Tecnologias Energéticas do Futuro (Stef). O superintendente de meio ambiente da Copel e coordenador do evento, Frederico Reichmann Neto, conta que haverá uma série de palestras para discutir o cenário atual e as alternativas energéticas que podem ser implementadas futuramente.

Reichmann chama a atenção para a necessidade de diversificar as fontes de energia, evitando a dependência de uma só alternativa fornecida por regiões de grande instabilidade política e econômica como o Oriente Médio, no caso do petróleo, e a Bolívia, produtora de gás natural. "Antes da decisão de Evo Morales de nacionalizar a produção do gás, a quantidade da fonte que viria para o Brasil já não era suficiente. Agora então, a situação ficou pior", comentou ele, acrescentando que é preciso acelerar as discussões e pensar em um plano B o mais rápido possível.

A saída seria, segundo o superintendente, construir estruturas para liquefação do gás natural em outras regiões, como, por exemplo, a África; transportá-lo em seu estado líquido até novas estruturas, em solo brasileiro; e gaseificar a fonte novamente.

Reichmann conta que, no seminário, haverá modelos de veículos movidos a célula a combustível, a biodiesel, a óleo utilizado para fritar alimentos, e um cogerador a óleo vegetal. Além desses equipamentos que poderão ser vistos durante o evento, o especialista cita outra alternativa importante para geração de energia: a bomba de calor. "O princípio é o mesmo das geladeiras e dos aparelhos de ar-condicionado, em que há troca de calor entre o ambiente e os equipamentos", explica.

O superintendente comenta ainda que, no futuro, os próprios domicílios serão geradores de energia. De acordo com Reichmann, se uma pessoa possuir um equipamento movido a luz solar e não utilizar toda a energia produzida, ela poderá vender o excedente a quem se interessar.

O fato de o Brasil ser essencialmente um país hidrelétrico também é um ponto a ser discutido no seminário. "As empresas precisam investir tanto nas usinas geradoras quanto no transporte da energia produzida. Por isso, é importante uma maior diversificação da matriz energética", diz ele, completando que isso não deve acontecer de uma hora pra outra pois a economia e a sociedade têm de se adequar às novas alternativas. O desafio, segundo Reichmann, é pensar em como alterar o cenário atual para um novo contexto, levando em conta a sustentabilidade do planeta, da sociedade e dos recursos naturais.

O seminário contará com a presença de especialistas conhecidos internacionalmente, como Albert Sobey, Ernest Schrimpff, Peter Heck, Bautista Vidal, Maurício Tolmasquim, Mauro Arce e Francisco Gomide. Além do petróleo, gás e hidroeletricidade, o evento vai tratar de energia nuclear, biomassa, energia eólica, economia de hidrogênio, células a combustível e conservação de energia.