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[Vídeo] Usina de biodiesel compra soja colhida em assentamento em GO


Globo Rural - 14 fev 2011 - 07:08 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:15

Os agricultores do Assentamento Rio Paraíso, em Goiás, estão se preparando para a colheita da soja e toda a produção será destinada à fabricação de biocombustíveis. Os grãos têm venda garantida para uma usina da região.

O assentamento fica no município de Jataí, no sudoeste goiano. Em 2005, o Ministério da Agricultura implantou na área destinada ao cultivo de grãos o Projeto Nacional do Biodiesel. Os agricultores familiares fizeram parcerias com indústrias da região e começaram a investir na produção de soja. Em cinco anos, a área plantada do grão quase dobrou, passando de três mil para cinco mil hectares.

A produção de soja do assentamento deve chegar a 16 mil toneladas e os grãos são destinados a indústrias de biodiesel. O projeto, que começou com cerca de 50 produtores rurais, conta com 140 famílias.



A colheita já começou. O agricultor Derli Filini, um dos pioneiros no assentamento, produz uma média de 60 toneladas de soja por safra. Depois que aderiu ao projeto, ele só viu a renda da família crescer. Ele construiu uma casa nova no sítio e aumentou o maquinário. Na propriedade há seis tratores, quatro colheitadeiras e uma carreta para o transporte dos grãos.

Para garantir que a produção seja de boa qualidade, com alta produtividade, as indústrias fornecem sementes e assistência técnica dos agricultores. Em contrapartida, recebem redução fiscal e incentivos do governo na comercialização do biodiesel.

“A grande vantagem de se comprar numa cooperativa é que nós temos o grupo organizado. Então, temos possibilidade de comprar uma quantidade bem maior do que de produtor individualmente”, explicou Osvaldo Morichita, diretor da indústria.

De acordo com os dados da coordenação dos programas de biocombustível do Ministério do Desenvolvimento Agrário, só no assentamento Rio Paraíso, a soja deve movimentar cerca de R$ 10 milhões nesta safra. Os agricultores que participam do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel recebem um bônus de R$ 3 por saca acima do valor de mercado. As indústrias também ganham um selo que permite negociar melhor o biodiesel produzido.