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Técnicos visitam plantação de mamona cearense


Diário do Nordeste - 24 jul 2011 - 13:31 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:17

Buscando revitalizar a produção de mamona no Estado do Ceará, o Instituto Agropólos sediado no Município de Itatira realizou ontem na localidade de Laranjeiras dia de campo para mostrar produção de mamona nos Sertões de Canindé. Técnicos da Petrobras vindos do Rio de Janeiro, além de especialistas no cultivo da oleaginosa dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Nordeste, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Piauí, vieram ver de perto a importância do projeto mais biodiesel desenvolvido na região em parceria com a Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce).

Na comunidade de Laranjeiras, nove produtores apostam na cultura em 14 hectares plantados da variedade paraguaçu, que tem grande desenvolvimento no crescimento consorciado com milho e feijão.

Ricardo Razuk, da Petrobras do Rio de Janeiro, disse que o incentivo da estatal dar-se porque o Ceará é um dos maiores produtores dessa cultura e que o clima, principalmente em Itatira é excelente para o cultivo da espécie. Adiantou ainda que existe um projeto de revitalização para mudar o conceito dos agricultores.

"Nossa ideia é apostar do agricultor familiar, porque ele é sem dúvida uma peça fundamental no crescimento da produção de mamona. O trabalho realizado pelos técnicos cearenses está garantindo uma nova era para a mamona. Precisamos de alguns ajustes, mas os resultados já são animadores", frisou.

Mudança local
Segundo o técnico do Agropólos de Itatira, João Neto, a estimativa de produtividade por hectare é de 700 quilos. Conforme o técnico, o plantio está sendo realizado com espaçamento de três metros entre fileiras e um metro entre plantas. O plantio da mamona foi realizado 15 dias antes das outras culturas com profundidade de seis a oito centímetros com duas a três sementes por covas.

Para Ademilton Soares, 24 anos, esse projeto mais biodiesel desenvolvido em Itatira está mudando a sua vida: "Este ano, irei produzir em média 600 quilos de mamona por hectare e quando vender o produto irei comprar um berço para minha filha de três meses e uma cama para meu quarto".

Já José Ferreira Neto, 72 anos, disse com o incentivo dado pelo Governo do Estado do Ceará no valor de R$ 200 por hectare vai dar para continuar trabalhando no campo.

"Atualmente, 70% dos agricultores familiares cearenses que fornecem matéria prima para a Petrobras - Bio combustível são assessorados pelo Instituto Agropólos do Ceará. 22 mil agricultores familiares cearenses são acompanhados por técnicos do instituto na produção de mamona e girassol", enfatiza o coordenador estadual do programa biodiesel, Elísio Sampaio.

ANTÔNIO CARLOS ALVES

Tags: Mamona