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Sema analisa projeto da Vale para produção de óleo de palma em Moju


Agência Pará de Notícias - 10 fev 2011 - 07:19 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:15

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) já está analisando o termo de compromisso ambiental do projeto Biovale, apresentado na última terça-feira (8) à secretária Teresa Cativo e equipe técnica do órgão. Desenvolvido pela Biopalma da Amazônia S.A. Reflorestamento Indústria e Comércio, é controlada pela Vale, a empresa pretende começar a produzir óleo de palma ainda neste ano no Pará, por meio de usina no município de Moju, que já está em fase de implantação.

A expectativa do projeto é atingir uma produção de 500 mil toneladas por ano em 2019, quando a lavoura atingir maturidade. Hoje, são 35 mil hectares plantados, e para cada hectare de plantio a empresa irá preservar ou recuperar outro hectare de mata nativa. A destinação principal do óleo será a produção de biodiesel, que alimentará a frota de locomotivas, máquinas e equipamentos de grande porte da Vale.

Recuperação - Na reunião com representantes da Biopalma, Teresa Cativo, afirmou que, de acordo com as próprias diretrizes do Executivo, um projeto desta natureza não pode deixar de ser priorizado no Estado. Ela pediu um prazo para que sua equipe faça uma análise mais criteriosa do projeto, porém assegurou que isso acontecerá dentro do tempo apropriado. "Utilizar áreas degradadas para fins sustentáveis é um mecanismo excelente para recuperação e aproveitamento da floresta. Se não houver qualquer impedimento legal, podemos prosseguir imediatamente com esse processo", garantiu.

A proposta da empresa consiste na concretização de um termo de compromisso ambiental com a Sema, que visa a regularização de imóveis rurais da Biopalma. Nessas áreas, o objetivo é utilizar cerca de 15 mil hectares para o plantio de palma, que só pode ser feito com a autorização da Secretaria.

O presidente da Federação da Agricultura no Pará, Carlos Xavier, que também participou da reunião, definiu como um passo importante para o Estado utilizar as áreas antropizadas (já transformadas pela ação humana), correspondentes a 24% do território paraense (30 milhões de hectares).

Luciana Almeida - Sema