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Reinhold Stephanes diz que pinhão manso é matéria prima do futuro


Embrapa Agroenergia - 11 nov 2009 - 15:07 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:09

“Tudo indica que o pinhão-manso será a matéria prima do futuro para atender o biodiesel”, declarou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, durante a abertura do I Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão Manso, na manhã desta quarta-feira (11), em Brasília.

O investimento em pesquisas e estudos para a consolidação dessa espécie oleaginosa, ainda não domesticada, como fonte energética, é fundamental para o ministro. Ele assinalou que o presidente Lula e a ministra-chefe da casa Civil, Dilma Roussef, deixaram claro que não pode faltar recursos para plantas destinadas aos biocombustíveis.  Stephanes projeta a inserção do pinhão manso no mercado para daqui a seis ou oito anos.

Durante o evento, o ministro foi presenteado pelo presidente da Associação Brasileira de Produtores de Pinhão Manso (ABPPM), Mike Lu, com um vidro de óleo, fruto do primeiro esmagamento comercial, realizado em 9 de outubro, na Fuserman, em Minais Gerais. Foi um esmagamento centralizado da produção colhida no Norte, Sul, Leste e oeste do País.

Coordenação – À Embrapa foi dado o papel de coordenar a pesquisa. “Temos de dar suporte com dados balizados pela pesquisa e as orientações que o ministro colocou em discussão”, afirmou o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães. “É nosso dever formular novas questões”, enfatizou, para em seguida dizer que espera ter em mãos, ao final do congresso, um documento orientador para alavancar as novas pesquisas.

De acordo com Durães, para que o pinhão manso seja incorporado como matéria prima na cadeia produtiva são necessários: zoneamento agrícola, sistema de produção, materiais certificados e infraestrutura de produção de sementes e mudas.

“Em se tratando de soja, girassol, mamona, algodão, canola e dendê, temos o domínio tecnológico para essas espécies. Mas, para o pinhão manso, não”, disse, ao situar o objetivo do evento. “Estamos reunidos para discutir o estado da arte do pinhão manso – uma espécie não domesticada, os grandes gargalos da pesquisa, que impõem limites á iniciativa privada”, completou.

 Os desafios impostos pela espécie estão relacionados ao melhoramento genético, produtividade, qualidade do óleo, destoxificação e desalergização da torta. O chefe da Embrapa Agroenergia ressaltou, que é preciso ter dados científicos para que haja responsabilidade e êxito na expansão do pinhão manso. 

Embasamento – O presidente da ABPPM declarou nunca ter visto no país tanta gente engajada em pinhão manso como nesse congresso. “Rendo homenagens à Embrapa Agroenergia como parceira provocativa. Frederico (Durães) mostrou aos produtores a necessidade de embasamento científico.

Já o senador Gilberto Goellner (DEM/MT), responsável pelo Projeto de Lei 81/2008 – que prevê o uso de óleo vegetal refinado como combustível nos motores a diesel –  enfatizou a necessidade da substituição parcial dos combustíveis fósseis pelos biocombustíveis, para a redução  da poluição atmosférica”.

A terceira e última mesa redonda do congresso será realizada amanhã (12), quando a plenária voltará a ser reunir para concluir as discussões iniciadas no evento. 

agrenco

Daniela Garcia Collares e Mônica Silveira