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Agroenergia é destaque em Pelotas


Assessoria Embrapa - 10 ago 2010 - 14:34 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:13

Instituições públicas e privadas vêm desenvolvendo estudos estratégicos para analisar as principais questões que afetam a competitividade das cadeias produtivas do biodiesel e do etanol no Rio Grande do Sul. Tal esforço tem por finalidade inserir o Estado no cenário brasileiro da produção de biocombustíveis, com foco no suprimento da demanda local, regional e internacional.

"Hoje, a pressão é por pesquisas que garantam ganho de produtividade. A produção de bioeletricidade crescerá muito nos próximos anos. Não tenho dúvida que o futuro será de veículos elétricos". As afirmações são do representante da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Décio Luiz Gazzoni, na palestra sobre Perspectivas de Produção de Biocombustíveis no Brasil, apresentada da manhã desta terça-feira, 10 de agosto, em Pelotas, durante abertura da terceira edição do Simpósio Estadual de Agroenergia, que acontece paralelo à 3ª Reunião Técnica de Agroenergia, 10ª Reunião Técnica da Mandioca e 2ª Reunião Técnica da Batata-Doce.

O evento iniciou com o pesquisador da Embrapa Clima Temperado e coordenador do simpósio, Sérgio Delmar dos Anjos, que destacou a importância da agroenergia para o Estado e o país. Após, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães, abordou assuntos como Diretrizes de política da agroenergia em empresas públicas e privadas, potencial para  biomas brasileiros e ordenamento territorial para fins energéticos, oportunidade da agroenergia no Brasil, entre outros. Durães salientou que a soja e a mamona são considerados os totens de desenvolvimento para o Brasil, "pela logística e pela bandeira social". Para ele, a vantagem competitiva da cana-de-açúcar é transitória.

Em seguida, o representante da Presidência, Gazzoni, falou sobre demanda mundial de energia, fontes de energias renováveis e não renováveis, petróleo como reserva e produtividade, linha do tempo de energia renováveis e geração de bioeletricidade, "cuja produção é um grande negócio". Além disso, ele disse que o óleo de mamona é o que tem o melhor preço dos óleos comercializados no mundo, seguido do de amendoim, do girassol, da soja e da canola. A cotação do petróleo, se comparada, tem o preço mais baixo. "A produção de veículos movidos exclusivamente à gasolina, nos próximos três anos, passa a ser marginal, pela forte tendência de carros a etanol/flex", finalizou Gazzoni.

O Simpósio de Agroenergia continuou na parte da tarde, com sessão de pôsteres e palestra sobre Pesquisas atuais no USDA-ARS e perspectivas da bioenergia nos Estados Unidos, além de demonstrar nos painéis Pesquisas em fomento como biocombustíveis e A situação atual do biodiesel e perspectivas no Brasil.

Para encerrar o primeiro dia do evento, às 19h, acontece a cerimônia de abertura oficial, com a presença de autoridades, pesquisadores, técnicos e estudantes. O evento é uma realização da Embrapa Clima Temperado, Emater/RS- Ascar, Fepagro e Afubra.