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creditos de carbono

Obter créditos de carbono é caro e difícil, diz pesquisadora


RMT Online - 12 mai 2006 - 19:42 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

O futuro dependerá da utilização de fontes limpas de energia, como a solar, eólica, marés e nuclear, consideradas que não emitem gases do efeito estufa. Esta é uma das conclusões da palestra "Aquecimento Global: emissão e sequestro de carbono", feita pela bióloga e professora da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), Silvia Gervásio, no painel "Mudanças Climáticas e o uso de Energia", parte do III Seminário Internacional de Direito, Águas e Energia, realizado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa.

Durante a palestra, ela comparou as matrizes energéticas consideras mais limpas, que emitem menos gases, como o álcool combustível e biodiesel. Somente não emitem nenhuma quantidade de gases, as energias solar, eólica, nuclear e hidrogênio. A grande preocupação, segundo a professora, é o crescimento da economia mundial, puxada pela China e Índia, que exigirá demanda muito grande pro matéria-prima e energia.

Hoje, segundo Silvia Gervásio, está ocorrendo um aquecimento global acelerado. As medidas seriam para reduzir o efeito estufa. No entanto, nem todo é considerado ruim, já que, sem o efeito estufa, a temperatura mundial seria 33 graus mais baixa.

ATERROS - Prefeituras podem ganhar créditos de carbono com aterros sanitários e o sequestro do gás metano. No entanto, ainda é difícil a obtenção de créditos de carbono, porque o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) exige certificação internacional e o processo é considerado caro. Nem todas as prefeituras dispõe de estrutura e meios para atender as exigências.

Outra questão, conforme Silvia Gervásio, é que alguns países resistem ainda em incluir as florestas nos créditos de carbono. Especialistas ainda debatem como será medido o crédito das áreas florestais. O Brasil vem lutando pela flexibilização das regras de certificação internacional de carbono.