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Biodiesel

Usina de biodiesel de Tauá inaugurada hoje


O Povo - Ceará e Agência Brasil - 30 jun 2006 - 07:25 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

O município de Tauá, a 400 quilômetros de Fortaleza, recebe hoje uma usina-piloto de biodiesel instalada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no Nordeste. O ato terá a presença dos ministros da Integração Nacional, Pedro Brito, e do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias.

A usina de Tauá tem capacidade para produzir, anualmente, 864 mil litros de biodiesel. Para a instalação das usinas de Tauá e Piquet Carneiro, município que também terá uma unidade inaugurada em breve, o Dnocs celebrou convênio de R$ 1,3 milhão com o Instituto Centro de Ensino Tecnológico (Centec).

Além da mamona, as usinas poderão utilizar óleos de outros vegetais, como o babaçu, a soja e o girassol. A Prefeitura de Tauá e a Cooperativa dos Irrigantes do Projeto de Irrigação Várzea do Boi, localizado naquele município, também apoiaram o empreendimento. Os irrigantes aceitaram a sugestão dos técnicos do Dnocs e plantaram sementes de mamona em uma área de 10 hectares, que agora será ampliada.

Entre outros objetivos, a atuação do Dnocs na implementação do biodiesel visa implantar pequenas unidades de extração de óleo de mamona e consolidar a tecnologia de obtenção do biodiesel e promover a capacitação de produtores e técnicos visando o domínio da cadeia produtiva.

Usina vai produzir 100 litros por hora

O Ceará ganhou hoje (30) uma usina produtora de biodiesel. Fica em Tauá, a 400 km de Fortaleza, perto da divisa com o Piauí, uma das regiões mais secas e pobres do estado. A nova usina tem capacidade para produzir 100 litros de biodiesel por hora, um volume total de 876 mil por ano. O ministro da Integração Nacional, Pedro Britto, participou da inauguração.

O combustível será extraído basicamente da mamona, que deve ser plantada em 400 hectares de terra e gerar emprego para cerca de 300 produtores rurais. Além de vender matéria prima, eles vão participar do esmagamento da semente para fazer o óleo e da transformação do óleo em biodiesel. A usina pode processar outras oleaginosas, como semente de girassol, mas a prioridade é para a mamona.

A usina de Tauá é uma das duas do projeto-piloto de produção de biodiesel instaladas no Ceará, através de convênio entre o Departamento Nacional de Obras contra a Seca e o Instituto Centro de Ensino Tecnológico. Segundo o ministro, a instalação "vai contribuir para a revitalização da cadeia produtiva da mamona e a conseqüente inclusão social no semi-árido, gerando emprego e renda".

As áreas de plantio de mamona estão sendo ampliadas em todo o Brasil de forma rápida para atender à demanda por biodiesel, considerado o combustível do futuro por trazer importantes benefícios para o país: geração de renda no meio rural, redução da emissão de gás carbônico, diminuição da poluição nas cidades e menor dependência do óleo diesel, entre outros.