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Biodiesel

Seminário vai avaliar programa de biodiesel


Agência Câmara - 22 mar 2006 - 10:33 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, lançado oficialmente pelo governo em dezembro de 2004, será avaliado em seminário na Câmara, marcado para o dia 5 de abril. A iniciativa é do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Casa, com o apoio da bancada do Nordeste e da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti).

Intitulado "Biodiesel: Combustível para Cidadania", o encontro será realizado no auditório Nereu Ramos e terá a participação de parlamentares e representantes do governo e de entidades da administração indireta.

Em painéis programados para os períodos da manhã e da tarde estarão em debate as políticas públicas, as alternativas em tecnologia e o acesso a recursos financeiros, humanos e tecnológicos para o desenvolvimento de projetos sustentáveis de produção e comercialização de biodiesel. Também serão discutidas as experiências já implementadas ou em fase de implementação e as perspectivas sociais de novos projetos.

Cooperação – A expectativa dos organizadores do seminário é criar alianças e formar redes de cooperação no setor de biocombustíveis, com o objetivo de definir e implementar ações e projetos que contribuam para a melhoria das condições de vida da população.

Segundo o deputado Ariosto Holanda, o encontro deverá contribuir para a correção de distorções e para a aceleração do processo de produção. Holanda citou a publicação "Balanço Energético Brasileiro 2000", do Ministério de Minas e Energia, segundo a qual o Brasil consome 40 bilhões de litros de óleo diesel e importa 6 bilhões, o que representa uma evasão de divisas da ordem de US$ 1,5 bilhão (R$ 3,18 bilhões) por ano. "Nesse cenário, o biodiesel surge como um combustível capaz de substituir a importação e de promover a inclusão social pela geração de emprego e renda nas cidades e no campo", afirma o deputado.

Mercado interno – A partir de 2008, a adição de 2% de biodiesel ao diesel derivado de petróleo passará a ser obrigatória em todo o País. A medida, observa Holanda, vai criar um mercado interno de 800 milhões de litros de biodiesel por ano, sem contar o potencial do mercado externo. O deputado ressalta que a população do meio rural brasileiro sabe trabalhar com oleaginosas, como a mamona, o dendê e o pinhão, e não precisa de grandes conhecimentos tecnológicos para plantar, colher, extrair e processar o óleo. "Nesse contexto, o programa do biodiesel surge como uma importante alternativa de criação de trabalho no interior dos nossos estados", conclui.

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