Óleo de cozinha usado será convertido em combustível

Três miniusinas começam a produzir 100 mil litros por mês ainda neste ano em Sorocaba

Ainda neste ano a Secretaria de Parcerias da Prefeitura vai implantar na cidade três miniusinas que terão capacidade para produzir até 100 mil litros de biodiesel ao mês a partir da reciclagem de óleo de soja usado. As miniusinas serão operadas por técnicos e pelos catadores da Coreso (Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba), que poderão usar o combustível nos veículos que fazem o transporte do material reciclado ou mesmo negociá-lo com a Petrobrás.

O anúncio foi feito na manhã de ontem, pelo secretário José Maurício Dellosso, durante carrinhada promovida pela Coreso e oito cooperativas de catadores da região. Dellosso adianta que o investimento para a montagem das miniusinas será de cerca de R$ 300 mil.

{sidebar id=13}Dellosso prevê a inclusão de mais catadores à cooperativa, além do aumento da rentabilidade para os trabalhadores cadastrados. “Além de ser usado nos caminhões da cooperativa, o biodiesel poderá ser vendido a Petrobrás por meio de leilão”.

A matéria-prima para a fabricação do biodiesel será o óleo de soja doado por restaurantes e lanchonetes da cidade. Dellosso diz que a expectativa é de que 100 mil litros de óleo sejam transformados mensalmente em biodiesel e 20 mil litros continuem a ser usados na produção de sabão ecológico e pasta desengraxante, que estão sendo feitos desde maio em uma usina na Vila Angélica.

Galpão de distribuição
Durante o encontro com os catadores, o secretário José Maurício Dellosso anunciou também a instalação – em uma área da Vila Hortência – de um galpão de distribuição para a Coreso. A área será cedida pela Prefeitura e o barracão construído com recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). No galpão serão instaladas picotadoras de plástico e outros equipamentos que agregarão valor ao material coletado pelos cooperados e aumentarão a margem de lucro dos catadores.

Carlos Oliveira