2º Leilão de biodiesel será em 30 de março
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizará, no dia 30 de março, o Segundo Leilão Público de Biodiesel. A quantidade de biodiesel que será oferecida aos produtores e importadores de diesel será de 170 mil m3 (equivalentes a 170 milhões de litros).
O segundo leilão dá continuidade à política de incremento da participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional, à atração de investimentos para a produção de biodiesel em bases econômicas, sociais e ambientais, nos termos da Resolução CNPE, nº 3, de 23/09/05.
O objetivo dos leilões é garantir ao produtores de biodiesel e aos agricultures, especialmente os que praticam agricultura familiar, um mercado para a venda de sua produção, criando empregos e aumentando a inserção social no campo. Com a produção de biodiesel, o Governo espera beneficiar cerca de 150 mil famílias.
A previsão é de que até dezembro de 2007 sejam adquiridos 800 milhões de litros de biodiesel. A partir de 2008, a adição de 2% de biodiesel ao diesel derivado de petróleo, hoje facultativa, passará a ser obrigatória em todo o país.
No primeiro leilão de biodiesel, realizado em 23/11/2005 pela ANP, foram vendidos de 70 milhões de litros de biodiesel. O combustível foi ofertado pelos produtores Agropalma (Pará), Soyminas (Minas Gerais), Granol (Goiás), Brasil Biodiesel (Piauí) - e adquirido pela Petrobras, com 93,3% do total, e pela Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), com 6,7% do total.
O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, espera que o próximo leilão
atraia outros compradores, além da estatal. "As distribuidoras precisam
se preparar para quando o B2 for obrigatório, a partir de 2008",
afirmou, lembrando que, a partir daquele ano, todo o diesel vendido no
Brasil terá de ser misturado ao combustível renovável. Hoje, no
entanto, o biodiesel tem preços maiores do que o diesel de petróleo,
fato que tem afastado as empresas deste mercado.
Atualmente,
além da BR, apenas a distribuidora mineira Ale vende o produto em
grande escala, mas compra a preços mais baixos que os vigentes nos
leilões, que só vendem biodiesel com selo social, conferido pelo
Ministério do Desenvolvimento Agrário a produtores que adquirem
oleaginosas de pequenos agricultores. Lima espera uma redução no preço
do biodiesel no futuro, com o aumento da escala de produção e a
inserção de novas tecnologias de produção.
Invest News com Agência Estado