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Biodiesel

Governo moçambicano investe 14 milhões de dólares em fábrica de biocombustíveis


MacauHub - 16 mar 2006 - 06:22 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

O governo moçambicano vai investir cerca de 14 milhões de dólares numa fábrica de biocombustíveis na província de Maputo e está a preparar outra unidade para exportar para a União Europeia, revelou quarta-feira Martin Todd, consultor da empresa LMC International.

Todd, responsável da consultora contratada pelo governo para assessorar a estratégia para o sector do açúcar, adiantou ao jornal moçambicano Notícias que a destilaria de etanol, que vai processar cana-de-açúcar, será construída em Xinavane porque "faz sentido, do ponto de vista logístico", dado que o sul do país é o principal mercado de etanol.

Na semana passada, a petrolífera estatal moçambicana Petromoc e uma cooperativa agrícola denominada Cofamosa anunciaram que vão investir 125 milhões de dólares numa unidade industrial de fabrico de biodiesel a partir de cana-de-açúcar, no distrito de Moamba.

Este anúncio seguiu-se ao do grupo português Nutasa, que, conforme noticiou o MacauHub, vai investir numa unidade do mesmo género na região de Maputo, aguardando apenas que o governo conceda isenção fiscal a este género de combustíveis, para tornar a produção rentável,

Martin Todd adiantou ainda que está também prevista a construção de uma destilaria de etanol em Marromeu, para abastecer o mercado da União Europeia.

Este projecto, afirmou, vai permitir "uma redução da moeda convertível usada na importação de gasolina, ajudando a mitigar as perdas dos rendimentos de exportação resultantes da queda do preço do açúcar na União Europeia, bem como reduzir as emissões do carbono".

O projecto "é de grande impacto", e vai trazer "valor acrescentado para a indústria açucareira e aos seus produtos derivados", disse o consultor, que não quantificou o investimento envolvido.

O desenvolvimento da produção de combustíveis "verdes" insere-se nos esforços do governo moçambicano para diversificar os rendimentos da indústria açucareira e reduzir a dependência das importações de petróleo.