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Biodiesel

Óleo de tucumã pode ser transformado em energia, diz pesquisa


Agência Fapeam - 16 jul 2008 - 05:10 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:06

No interior do Estado do Amazonas, a distribuição energética é muito baixa. Das mais de 4.600 comunidades isoladas, apenas 32 são abastecidas de energia elétrica.

Baseada nesses dados, a estudante de química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Banny Silva Barbosa, desenvolveu a pesquisa “Aproveitamento do óleo da amêndoa de tucumã na produção do Biodiesel”, na comunidade Roque, no município de Carauari (AM). O objetivo do trabalho foi desenvolver energia elétrica alternativa com os produtos da região, sem agredir o meio ambiente.

De acordo com Barbosa, para suprir a demanda por energia, é necessário o uso de fontes alternativas que privilegiem a vocação energética local e a implantação de sistemas descentralizados e autônomos de produção.

A curto e médio prazo, a alternativa de geração de energia elétrica mais viável e que vem sendo utilizada na região é a geração térmica por motores movidos a diesel. Os custos de geração são muito elevados, principalmente devido ao transporte do diesel para essas localidades. “A substituição do diesel por biodiesel produzido localmente, a partir da biodiversidade, é uma excelente alternativa para a região”, explicou a estudante.

Biodiesel
O método utilizado para que se obtenha resultado é por meio da transesterificação. Esse processo, atualmente, é o mais utilizado para a produção de Biodiesel. “Por meio dessa reação, é possível a separação da glicerina dos óleos vegetais”, revela.

Segundo Barbosa, o tucumã (Astrocaryum aculeatum), no Amazonas, é uma das mais promissoras matérias-primas para produção do biodiesel, pois a palmeira cresce em todo o Estado e produz uma grande quantidade de óleo, tanto na polpa como na amêndoa, a qual pouco aproveitada. Além disso, conta com uma alta densidade populacional.

O estudo foi apresentado hoje (15), pela manhã, durante a 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está acontecendo na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desde o domingo.
     
Nayr Claudia, da Agência Fapeam - JM