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Biodiesel

Biodiesel é opção estratégica, diz Rossetto na abertura de seminário no Rio de Janeiro


Agência Envolverde - 17 mar 2006 - 18:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

Ao participar da abertura, na manhã dessa quinta-feira (16), no Rio de Janeiro, do Seminário Investimentos em Biodiesel, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, afirmou que o Brasil está fazendo uma opção estratégica ao eleger o novo combustível como um projeto de inclusão social e desenvolvimento econômico. A abertura do seminário contou com a participação do vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca, e com o representante do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Gomide.

O evento acontece na sede do BNDES, e tem como objetivo divulgar e prestar esclarecimentos sobre as linhas de investimento e custeio para produção e uso do biodiesel no Brasil, reunindo diretores e técnicos do BNDES, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (BASA), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), além de fabricantes de equipamentos para biodiesel, produtores de biodiesel, movimentos sociais, representações da agricultura familiar e cooperativas da agricultura familiar.

Rossetto elogiou o fato de todas as normativas necessárias para o andamento do projeto terem sido cumpridas em um prazo de dois anos. Essa agilidade, segundo o ministro, possibilita que cerca de 70 mil famílias de agricultores familiares já estejam recebendo renda por conta da produção de oleaginosas. Sua expectativa é que o próximo leilão de compra de biodiesel, que deve acontecer em abril, ofereça 170 milhões de litros do combustível, incluindo mais 30 mil famílias no processo de produção do biodiesel.

Conforme Rossetto, o BNDES tem, atualmente, seis projetos em fase de análise, com perfil e capacidade para produzir 530 milhões de litros, em um investimento de R$ 240 milhões. “Com a rapidez que os projetos estão demonstrando, talvez seja possível antecipar a meta de produzir 2,5 bilhões de litros em 2013”, disse. O vice-presidente do BNDES, confirmou que o banco está aprovando os novos projetos em até 80%. O percentual, de acordo com Fiocca, aumenta para 90% quando o projeto possui o Selo Social, concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário para aqueles projetos que compram matéria-prima da agricultura familiar. “Estamos entusiasmados com os resultados já obtidos”, declarou.

O seminário acontece ao longo de toda a quinta-feira e pretende debater formas de dinamizar o processo de tomada de financiamento industrial e agrícola, assim como aproximar potenciais investidores, iniciativa privada e governo. “Vamos nos concentrar principalmente na liberação de recursos para as fábricas, para as chamadas plantas industriais”, disse o ministro Miguel Rossetto.