Um trilhão de dólares para energia limpa
Segundo os analistas da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), a indústria de energias limpas acaba de superar a marca de US$ 1 trilhão em investimentos. A quantia soma todos os investimentos em nível mundial realizados nas áreas de energias renováveis, eficiência energética e tecnologias inteligentes para o setor energético desde o ano de 2004.
A BNEF é o braço especializado no mercado de energias limpas da Bloomberg – empresa global especializada no fornecimento de informações financeiras e de negócios. A empresa vem acompanhando os investimentos e resultados do segmento de energia limpa desde 2004, ano em que o barril de petróleo subiu para mais de US$ 100 saltando de valores na faixa entre os US$ 20 e US$ 30. A alta deu um novo impulso ao setor de energias alternativas.
Nesse período, os investimentos anuais em energia limpa cresceram cinco vezes. Saindo de US$ 52 bilhões em 2004 para US$ 243 bilhões em 2010. Os analistas da BNEF esperam que os números de 2011 superem os do ano passado e estabeleçam um novo recorde de investimentos para o setor. “A marca de um trilhão de dólares em investimentos mostra que o mundo não está aguardando um acordo político sobre o clima antes de começar a se afastar dos combustíveis fósseis”, disse o chefe-executivo da BNEF, Michael Liebreich.
“Isso deveria servir como uma mensagem de que deveríamos ficar menos obcecados com a negociação de acordos internacionais sobre emissões máximas de carbono para começar a pensar mais sobre como ampliar os investimentos nas soluções. Se os investimentos continuarem crescendo nesse ritmo por mais cinco anos, o mundo vai conseguir congelar o crescimento das emissões”, prossegue o executivo.
Conforme os custos da energia eólica, solar, geotérmica, marinha, hídrica, de biomassa continuam a cair e tecnologias mais eficientes para o gerenciamento dos sistemas de distribuição se tornam mais comuns, os investimentos na área têm tudo para manter a tendência de alta. Especialmente com a adoção de políticas energéticas que incentivem essa tendência.
Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com
