Replan registra maior produção de derivados de petróleo em 10 anos
A Refinaria de Paulínia (Replan), a maior da Petrobras, encerrou 2023 com o maior volume de derivados de petróleo produzidos desde 2013. Diesel, gasolina e gás de cozinha (GLP) respondem por 75% do total.
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a planta produziu 24,5 bilhões de litros de derivados, alta de 6,7% em relação ao ano anterior.
A Replan tem capacidade para processar 69.000 m³ de petróleo por dia (69 milhões de litros), o equivalente a 434 mil barris, e atende a 30% do território brasileiro.
Procurada para comentar o resultado da planta em 2023, a Petrobras informou que prepara a divulgação dos resultados operacionais da companhia na sexta-feira (9).
Diesel
O diesel é o derivado mais produzido pela Replan. Segundo o relatório da ANP, a planta em Paulínia produziu 10,8 bilhões de litros de diesel em 2023, o maior resultado desde 2015.
Atualmente, a Replan tem capacidade para produzir até 24 milhões de litros de diesel por dia. E essa capacidade vai aumentar em breve, uma vez que a construção de uma nova unidade promete ampliar em 10 milhões de litros do combustível por dia a capacidade produtiva da planta.
Listada entre as obras do Novo PAC, do governo federal, a nova unidade de hidrotratamento (HDT), em construção desde 2022, tem previsão para entrar em funcionamento a partir de 2025. O g1 visitou a área - relembre no vídeo abaixo.
Mais derivados
Entre os derivados produzidos na Replan, outro com crescimento foi a gasolina, com 5,9 bilhões de litros em 2023 - alta de 3% em relação ao ano anterior, e maior volume desde 2014.
No caso do gás de cozinha (GLP), o aumento foi de 4,7%, sendo que os 1.681.908 metros cúbicos (m³) representam o maior volume desde 2005.
Maior do Brasil em processamento de petróleo, Replan atende a 30% do mercado nacional — Foto: Fernando Evans/g1
Para onde vai?
Além de diesel, GLP e gasolina, na planta de Paulínia são produzidos derivados como querosene de aviação, óleo combustível, asfalto, propeno e bunker, entre outros.
A produção de Paulínia é escoada para os seguintes locais:
- Interior de São Paulo - recebe a maior parte da produção, 55%;
- Sul de Minas;
- Triângulo Mineiro;
- Mato Grosso;
- Mato Grosso do Sul;
- Rondônia;
- Acre;
- Goiás;
- Brasília (DF);
- Tocantins;
Fernando Evans – G1