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Negócio

Preços de combustíveis da Petrobras estão até 18% acima do mercado, segundo consultorias


Valor Econômico - 07 fev 2023 - 09:00

O litro do diesel vendido nas refinarias da Petrobras está R$ 0,76 acima das cotações internacionais, o que indica espaço para uma redução de 16,8% no preço da estatal brasileira, segundo dados da consultoria StoneX que levam em consideração as cotações da manhã de hoje (06).

No caso da gasolina, a StoneX também estima espaço para um corte. Segundo a consultoria, a gasolina vendida pela Petrobras está R$ 0,38 mais cara do que a vendida no mercado internacional e, por isso, pode sofrer uma diminuição de 11,6%.

Outras consultorias também apontam que os preços da Petrobras estão acima do preço de paridade internacional (PPI). Hoje pela manhã, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) estimava que o diesel da Petrobras estava 18% acima da paridade, com necessidade de um corte de R$ 0,68 por litro, em média.

Para a gasolina, a Abicom vê espaço para uma redução de 10% nas refinarias da Petrobras, o que equivale a um corte de R$ 0,29 por litro.

O Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia (Cbie) calcula que o diesel da Petrobras está 14,14% acima da paridade, enquanto a gasolina está sendo vendida no mercado interno com um prêmio de 8,86% em relação ao mercado internacional.

O último reajuste de preços pela Petrobras passou a valer no dia 25 de janeiro, quando a companhia aplicou um aumento de R$ 0,23 no litro gasolina, que passou a ser vendida às distribuidoras em média por R$ 3,31. A alta foi de 7,47%.

O preço do diesel vendido nas refinarias da estatal está sem reajustes desde 7 de dezembro, quando o litro passou para R$ 4,49, depois de um corte de 8,91%.

Os preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras são decididos pelo presidente da companhia, junto com o diretor de comercialização e logística e com o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, além de passarem pela supervisão do conselho de administração.

Ainda não houve alterações nos preços desde que o novo CEO da estatal Jean Paul Prates assumiu, em 27 de janeiro. Prates indicou novos diretores na semana passada, mas os executivos ainda estão passando por aprovações internas antes de assumirem.

Gabriela Ruddy – Valor Econômico