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Negócio

Petróleo opera em alta com expectativa de corte na produção


Jornal do Brasil - 29 jan 2016 - 11:35

Os preços de barris de petróleo mantêm a trajetória de recuperação nesta sexta-feira (29), fortalecendo os ganhos das três sessões anteriores. O barril de Brent se aproxima dos US$ 35 na International Exchange Futures (ICE). A expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) venha efetivamente a discutir um corte na produção anima investidores.

Às 10h43, o barril de Brent tinha alta de 0,30%, a US$ 34,91; enquanto o barril de WTI se valorizava em 0,29%, a US$ 33,31.

Os preços do barril fecharam a sessão desta quinta-feira (28) acima de US$ 33. O mercado recebeu com bom humor as declarações do ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, de que a Arábia Saudita propôs cortes de até 5% na produção dos países produtores de petróleo. O objetivo seria impulsionar os preços dos barris, que desde o ano passado sofre uma sequência de fortes desvalorizações.

Novak também disse que há uma proposta para um encontro entre membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e países não membros, no nível de ministros de energia. A Rússia estaria pronta a participar do encontro. Volatilidade dos preços é reflexo de um mercado com excedentes de produção e preocupações com o desempenho da economia norte-americana, europeia e chinesa.

Na véspera, o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou que as reservas de petróleo norte-americanas aumentaram mais do que se esperava na semana passada, alcançando o nível mais alto desde a década de 1930. Durante a semana encerrada em 22 de janeiro, as reservas comerciais subiram 8,4 milhões de barris, para 494,9 milhões de barris. Especialistas consultados pela Bloomberg estimavam aumento de quatro milhões.

O Banco Mundial reviu sua projeção para o preço do petróleo em 2016, de US$ 51 para US$ 37 o barril, levando em conta o aumento da oferta no mercado e com a esperada queda na demanda de países emergentes pela matéria-prima. A volatilidade dos preços do petróleo é reflexo de um mercado com excedentes de produção e preocupações com a China, um dos maiores importadores de petróleo do mundo. Nesta semana, entretanto, o noticiário negativo não está sendo capaz de conter a recuperação dos barris.

A Agência Internacional de Energia (AIE), dos Estados Unidos, afirmou nesta semana que o petróleo deve chegar ao patamar de US$ 80 até 2020. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Fatih Birol ressaltou a importância dos projetos da Petrobras, e pediu que os brasileiros não deixem de levar em conta a "perspectiva estratégica" do país, citando a descoberta do pré-sal e o desenvolvimento dos biocombustíveis como "marcos históricos".

Na semana passada, um analista do Citigroup também declarou, em entrevista à Bloomberg, que o petróleo pode ser "o negócio do ano" em 2016, se resistir ao aumento das exportações iranianas. O Irã volta a um mercado já marcado pelo excesso de oferta após o término das sanções econômicas do Ocidente a seus produtos. Alguns bancos e representantes do setor argumentam que o valor do barril pode cair drasticamente, a níveis próximos de US$ 10.

Tags: Opep Petróleo