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Negócio

Petrobras quase dobra potencial de fornecimento de diesel S-10 na Reduc


Valor Econômico - 02 ago 2023 - 08:57

A Petrobras informou hoje que a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) ativou no sábado (29) duas unidades com capacidade de produzir 100% de diesel S-10. A refinaria passa a fornecer por dia 9,5 milhões de litros do combustível, considerado mais sustentável, segundo a Petrobras. Antes, a capacidade era de 5 milhões de litros por dia.

Com investimento de quase R$ 225 milhões, segundo nota da estatal, este é o primeiro projeto concluído do chamado “phase-out” (eliminação gradativa, em tradução livre) do diesel S-500, que será substituído pelo S-10.

Além da Reduc, estão previstas adaptações em unidades existentes nas refinarias Revap e Rnest; construção de novas unidades de hidrotratamento na Replan e Rnest; e estudos de novas unidades na Repar, Regap, Refap e Revap, que terão potencial de adicionar 300 mil barris por dia na produção de diesel S-10 no Brasil até 2028.

Segundo o diretor de processos industriais e produtos da Petrobras, William França, a modernização do parque de refino e a expansão da capacidade de produção de diesel S-10 são fundamentais para aumentar a disponibilidade de derivados mais sustentáveis.

“A substituição da produção de diesel S-500 por S-10 é de relevância estratégica para a companhia, além de ser positiva para o país, pois amplia a oferta de um derivado menos poluente e com baixo impacto ambiental para atendimento ao mercado brasileiro", disse em nota.

O diesel S-10 é um produto mais sustentável, de maior valor agregado e com menor impacto ao meio ambiente, conforme a companhia. Além do baixo teor de enxofre, esse combustível tem maior nível de cetano, índice que mede a qualidade de ignição. O S-10 também proporciona impactos positivos na redução de emissões de material particulado e de óxidos de nitrogênio.

A partida da unidade da Reduc aconteceu após o término de uma parada programada de manutenção, permitindo à companhia concluir as adequações necessárias para capacitá-la a produzir o combustível com baixo teor de enxofre (apenas 10 ppm), segundo a Petrobras, visando atender as especificações do mercados local e internacional, além de requisitos ambientais.

Kariny Leal – Valor Econômico