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Diesel renovável

Roger Agnelli investirá em diesel de cana


O Estado de S.Paulo - 16 jul 2012 - 09:43 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
roger agnelli alex silva ae
Roger Agnelli mudou o estilo, mas a ambição continua a mesma. Depois de um ano fora de cena, ele volta ao mercado para investir em mineração, operar portos, fazer combustível de cana para avião...

Fora de cena por mais de um ano, desde sua barulhenta saída da Vale, Roger Agnelli está de volta - agora sem gravata. Diz que nos últimos meses só usou o acessório uma vez, para tratar de negócios com o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe. Parece menos formal, mas é o sujeito ambicioso de sempre. Aos 53 anos, decidiu investir o dinheiro, a experiência, os contatos globais e tudo aquilo que juntou em 30 anos como executivo para montar seu próprio negócio, a AGN, uma holding com projetos nas áreas de mineração, logística e bioenergia, focada em América Latina e África.

O primeiro negócio, anunciado na semana passada, é a mineradora B&A - em parceria com o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves -, que começa com R$ 1 bilhão para fazer investimentos. Mas Agnelli e seu grupo de sócios e executivos também estão à procura de concessões para operar portos, montaram um laboratório de pesquisas com a intenção de ampliar o uso da cana como fonte de energia e discutem a criação de uma trading especializada em fertilizantes e alimentos, em sociedade com a empresa de comércio exterior Sertrading.

Confira a seguir as declarações do Ex-presidente da Vale em entrevista concedida ao Estado de S. Paulo:

"No caso da bioenergia, o clique veio do período que passei no MIT estudando o tema. Focamos no desenvolvimento genético de cana para a produção de biomassa - e não açúcar e etanol, como todo mundo está fazendo. Nossa meta é produzir diesel e combustível para avião com biomassa até 2020. Estamos procurando áreas no Brasil e na África. Temos trabalhado para regulamentar a propriedade intelectual - e assim evitar a biopirataria - com os governos de Moçambique, Tanzânia e Angola. Além disso, estamos criando uma trading focada em alimentos e fertilizantes junto com a Sertrading.

Até aqui, banquei tudo com recursos próprios. Quando os projetos em logística e bioenergia estiverem estruturados e houver clareza dos recursos necessários, vamos chamar investidores, como fizemos agora com o BTG na mineração. Mas tudo tem um tempo certo. Não vou sair prometendo coisas que não posso entregar."

A entrevista na íntegra pode ser acessada aqui.
Tags: Agnelli