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Usinas opinam sobre o 22º leilão de biodiesel


BiodieselBR.com - 27 mai 2011 - 08:02 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

Sobre o resultado

"Dá para dizer que o leilão 22 foi bom. Os preços foram melhores que o leilão anterior."
Francisco Flores
Gerente da Fiagril

"Para a Araguassu o leilão 22 foi bom. Houve um aumento do preço médio da ordem de 10% em relação à média do leilão passado, o que era necessário. Posso dizer que, com esses níveis de preços, teremos um equilíbrio entre custo e receita durante o próximo trimestre. Estaremos no break-even point. "
Sérgio Di Bonaventura
Diretor Vice-Presidente da Araguassú

"A Bioverde entende que os leilões da ANP já foram importantes, mas hoje eles só distorcem, porque iguala todo mundo. As distribuidoras deveriam exigir que seus fornecedores tivessem qualidade, logística e bom atendimento, mas isso sai do mercado por causa dos leilões. Comercialmente falando, o leilão 22 foi razoável. Embora, por causa dos resultados ruins do leilão passado, a Bioverde tomou a decisão de vender menos nesse leilão para evitar o risco de maiores problemas financeiros. Se a soja continuar na cotação que está, mesmo com os preços desse leilão, pode dar prejuízo."
Ailton Braga Domingues
Presidente da Bioverde

Sobre a falta de disputa no lote 1

"Eu acho que aí você precisa ponderar onde está a normalidade. O que tem que ser explicado é que os preços deste leilão não caíram tanto porque isso está alinhado com a alta das commodities. Essa falta de disputa passa a ser normal considerando que a matéria-prima usada é uma commodity que está num pico de alta. No leilão anterior você teve uma pressão de venda anormal em que os grandes vendedores na verdade agiram como destruidores de valores e venderam a preços inexeqüíveis. Todo mundo teve prejuízos no leilão passado e, acho, que elas não estavam com tanta vontade de ter prejuízo dessa vez."
Ailton Braga Domingues
Presidente da Bioverde

" A disputa do primeiro lote foi menor também por causa da ADM. Com menos 68 milhões de litros na disputa, a gente sabia que ia ter menos concorrência e que ia dar para todo mundo vender. Além disso, com o óleo de soja a R$2.200 a tonelada vender o biodiesel a R$ 2.250 o metro cúbico continua apertado, por isso tivemos poucos lances, valia mais a pena perder um item do que arriscar forçar e vender abaixo do preço de custo."
Francisco Flores
Gerente da Fiagril

"Como [a ADM], uma das grandes fornecedoras de biodiesel não participou do primeiro lote. A oferta ficou menor e, consequentemente, a disputa também."
Sérgio Di Bonaventura
Diretor Vice-Presidente da Araguassú

Sobre diferença de preço entre o lote 1 e 2

"Sempre foi assim. Essa diferença entre os lotes já é algo histórico que vem desde os primeiros leilões presenciais que aconteciam lá no Rio de Janeiro. No primeiro lote, o pessoal tenta vender a um preço um pouco mais alto e, depois, faz média tentando ganhar escala. Se a diferença no leilão 22 foi maior que a média, eu diria que 99% disso foi resultado da presença da ADM no segundo lote."
Francisco Flores
Gerente da Fiagril

"Isso aconteceu porque tivemos uma grande usina que perdeu o selo e saiu do primeiro lote. Isso somado à estratégia de vendas das outras empresas com selo e das que não tem selo, criou-se outro universo de disputa. É um problema para as pequenas usinas que acabaram sendo levadas com essa maré."
Ailton Braga Domingues
Presidente da Bioverde
 
"Como a ADM teve que concentrar toda a sua oferta no lote 2, ela teve que vender e isso forçou os preços para baixo. Se olhar os itens do segundo lote, vai ver que a ADM arrematou a grande maioria deles."
Sérgio Di Bonaventura
Diretor Vice-Presidente da Araguassú

Sobre a ocupação média das usinas

"Se você analisar tudo o que andou sendo dito recentemente no setor, não chega a surpreender. Há pouco tempo houve uma proposta de que o volume máximo que uma usina poderia vender nos leilões caísse dos atuais 80% [da capacidade trimestral autorizada] para 60%. Então, existe uma visão muito clara dentro do setor de que temos um problema sério de capacidade ociosa. Em parte, a origem dessa situação está nos próprios leilões, sem eles, essa questão da capacidade ociosa seria vista de uma forma bem diferente."
Ailton Braga Domingues
Presidente da Bioverde

"Particularmente a Fiagril está com uma ocupação que consideramos boa. Então, não estamos preocupados."
Francisco Flores
Gerente da Fiagril

"Considerando que somos uma usina de pequeno volume, estamos com a capacidade bem ocupada. Sob certo aspecto, é bom que a ocupação média do setor não esteja elevada, porque isso inibe novos investimentos e mantém o equilíbrio entre oferta e demanda."
Sérgio Di Bonaventura
Diretor Vice-Presidente da Araguassú

Por Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com