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Usina busca autorização de comercialização para o próximo leilão


BiodieselBR.com - 19 abr 2011 - 11:52 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

O projeto de construção da Bio Brazilian Italian Oil de Barra das Garças (MT) passou por diversos percalços, a começar pela inauguração da usina sem que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tivesse emitido a Autorização de Construção.

Segundo noticiado pelo portal BiodieselBR no ano passado, a usina foi construída com incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (PRODEIC) da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia do Estado do Mato Grosso e foi oficialmente inaugurada sem que a ANP sequer soubesse que ela estava sendo erguida.

Segundo a Bio Brazilian, a confusão foi resultado de uma contratação infeliz. A empresa contratada para cuidar da construção da usina do começo ao final não foi tão cuidadosa quanto deveria e provocou todos os contratempos.

De lá para cá, a direção da empresa correu atrás do prejuízo para tentar regularizar sua situação. No Diário Oficial União (DOU) de primeiro de outubro passado saiu a autorização de construção da usina com uma capacidade para 31,7 milhões de litros por ano. Já em sua edição de 18 de fevereiro o DOU trazia duas autorizações relacionadas à Bio Brazilian duas vezes: a primeira delas autorizava a expansão da capacidade de produção para 35,2 milhões de litros por ano; enquanto a segunda autorizava a usina a produzir biodiesel. Com isso ficou faltando apenas a autorização de comercialização e o registro especial na Receita Federal para que a Bio Brazilian faça parte do inchado grupo de vendedores de biodiesel nos pregões eletrônicos.

De acordo com a direção da empresa essa última etapa não deve demorar muito. “Estamos mandando hoje mesmo as amostras de biodiesel que a ANP precisa para nos dar a autorização de comercialização”, afirma o presidente da empresa, Mário Buri acrescentando o objetivo é disputar uma fatia do mercado já do próximo leilão de biodiesel. Com sua capacidade atual, a usina poderia vender pouco mais de 7 milhões de litros no lote aberto a empresas sem o Selo Combustível Social.

No entanto, a participação da empresa no próximo leilão é improvável, já que a empresa precisa do registro especial da Receita Federal. O pedido de registro só pode ser feito depois de publicada a autorização de comercialização. Empresas como a Minerva e a Bionasa deram entrada há cerca de dois meses e ainda não o obtiveram este registro.

Verticalização
A meta do empresário é chegar em 2013 com capacidade de produzir 180 milhões de litros e com a produção verticalizada. No momento, a Bio Brazilian está no meio do processo de instalação de uma unidade esmagadora que também incluirá capacidade de armazenamento e uma usina de cogeração de energia elétrica.

Selo
A companhia também está começando a investir na formação de uma cadeia de fornecimento de oleaginosas da agricultura familiar de olho na obtenção do Selo Combustível Social. Em janeiro passado, anunciou sua intenção de investir na área no sentido de apoiar os agricultores locais na produção de oleaginosas que servirão de matéria-prima para o biodiesel.

A direção da empresa pretende incentivar principalmente a produção de óleos de girassol e de amendoim entre os agricultores familiares da região e tem feito um trabalho corpo a corpo com produtores rurais e seus representantes para incentivá-los a plantar lavouras. Por enquanto, o trabalho está em fase bastante preliminar.

A empresa pretende operar comprando soja no mercado até que os projetos saiam do papel.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com