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Motores da Massey Ferguson e Valtra prontos para B100 são apresentados


BiodieselBR.com - 25 mar 2011 - 11:51 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

O mercado de máquinas agrícolas está se preparando para levar o uso de energias renováveis para o campo. Essa é uma tendência que ficou bastante clara na mais recente edição de um dos maiores eventos do setor de agronegócios do Brasil, a Expodireto Cotrijal, encerrada em 18 de março em Não-Me-Toque (RS). A fabricante de máquinas agrícolas AGCO Sisu Power aproveitou a ocasião para exibir sua competência em biocombustíveis exibindo sua linha de motores que já saem de fábrica prontos para o B100 e anunciar para o próximo ano o lançamento do primeiro motor flex – diesel e etanol – para tratores e colheitadeiras.

Dona das marcas Massey Ferguson e Valtra, a AGCO Sisu Power vende equipamentos agrícolas equipados com motores 100% adaptados ao uso de biodiesel puro desde o começo de 2009 . É possível encontrar tratores, colheitadeiras e pulverizadores que já saem de fábrica prontinhos para serem abastecidos com B100. Estão disponíveis motores entre 50 e 500 cavalos de potência com 3, 4, 6 e 7 cilindros.

Segundo o diretor da AGCO Sisu Power da América do Sul, Ricardo Huhtala, os testes para a certificação dos motores fabricados pela companhia para rodar com biodiesel começaram em 2003 e se prolongaram até o final 2008 quando a empresa deu sinal verde para o uso do biocombustível em suas máquinas. “Rodamos com vários tratores durante muitos anos para certificar os motores. Os testes foram feitos em parceria com a Texaco”, conta o executivo acrescentando que a decisão foi tomada para oferecer aos clientes da empresa mais uma opção de combustível. “O biodiesel é uma opção mais natural e menos poluente e, já que estamos diretamente ligados à agricultura, faz sentido que nossos clientes possam escolher”, completa.

De acordo com ele a única recomendação aos interessados em rodar com 100% biodiesel é a instalação de um filtro de combustível adicional, modificação que pode ser feita por qualquer mecânico. O rendimento por litro fica praticamente igual. “Tem uma perda de 2% ou 3% no rendimento, mas isso não representa muita coisa até porque está dentro da margem de 5% de variação que um motor pode apresentar para outro”, garante. Mas, em compensação, as trocas de óleo podem ser cortadas pela metade por causa da melhor lubricidade do biodiesel.

Equipamentos com essa tecnologia abrem a perspectiva para que os produtores se organizem para produzir o seu combustível renovável. Mas é preciso tomar certos cuidados com que qualidade do que se está pondo no tanque. “Você precisa tomar cuidado como com qualquer outro combustível. Biodiesel não é óleo de fritar batatas, precisa de investimento e seguir as normas da ANP. Também precisa tomar cuidado com as condições de armazenamento”, finaliza.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com