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Câmara Setorial se reuniu em Brasília


BiodieselBR.com - 30 mai 2011 - 11:58 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

Na quinta-feira passada (26) foi realizada na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a 11ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel. Foi a primeira reunião da câmara deste ano e foi convocada com o objetivo principal de discutir os desdobramentos mais recentes do mercado internacional de soja e as potencialidades do cultivo do pinhão-manso na cadeia produtiva do biodiesel.

O início do novo governo ocasionou certa demora para que as reuniões fossem retomadas, explica o presidente da câmara e coordenador geral de agroenergia do MAPA, Denilson Ferreira. Mas agora, segundo ele, as reuniões ordinárias devem voltar ao ritmo normal de três a quatro por ano.

A próxima já está marcada para o dia 20 de julho e terá como tema o fortalecimento da cadeia produtiva da canola no Brasil. “Nossa agenda estratégica foi elaborada com ampla participação dos diversos segmentos sempre com foco no mercado agrícola, na diversificação das fontes e no aumento da oferta de óleos no mercado brasileiro”, explica, acrescentando que os debates ocorrem sempre com a perspectiva do “adensamento da produção energética”.

O encontro da semana passada começou com uma apresentação elaborada pela Secretaria de Política Agrícola do MAPA sobre os desenvolvimentos mais recentes do mercado de soja. O objetivo foi mostrar aos participantes a atual conjuntura do mercado internacional da soja – principal matéria-prima do biodiesel brasileiro com cerca de 83% de participação do mercado. O ponto de destaque é o reaquecimento nas cotações internacionais da soja que voltaram a se aproximar dos recordes de preço registrados antes do estouro da crise financeira de 2008. Movimento puxado principalmente pelo crescimento do consumo na China, o que cria perspectivas de novas áreas de turbulência para biodiesel brasileiro dentro dos próximos anos.

Para não continuar dependo da soja, a cadeia produtiva do biodiesel tem investido em oleaginosas alternativas e, apesar do pouco que realmente sabemos sobre ele, o pinhão-manso tem sido uma fonte de esperanças para os usineiros. “O pinhão-manso já vem sendo estudo há alguns anos de forma consistente pelo governo federal”, diz Ferreira. Ele aponta que, embora ainda se tratem de dados preliminares, os resultados apresentados pela Embrapa durante a reunião da Câmara foram promissores.

Entre as novidades está a identificação de variedades de alta produtividade e livres da toxidade – o que reabre a possibilidade do uso da torta de pinhão-manso em rações animais.

A Conab também apresentou os resultados de um monitoramento que vem fazendo da produção atual do pinhão-manso no país.

De acordo com o representante do Mapa, embora a Câmara não produza resultados práticos diretamente, sua função é municiar o setor de informações adequadas e levar ao desenho de soluções conjuntas.  “Esse não é um espaço propositivo, mas de diálogos que permite estruturar melhor a cadeia produtiva das oleaginosas. Essas reuniões facilitam o processo de combinar opiniões e fazer o setor avançar”, finaliza.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com