Bionasa inaugura fábrica de biodiesel em Porangatu [foto]
O governador Marconi Perillo inaugurou ontem, em Porangatu, a empresa Bionasa, especializada na produção de biodiesel. Estiveram presentes o governador do Tocantins, Siqueira Campos, e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. No município, Marconi lançou a pedra fundamental da Onasa, empresa do mesmo grupo, que vai atuar na área de esmagamento de grãos.
A Bionasa foi instalada numa área próxima ao terminal de transbordo da Ferrovia Norte-Sul. A unidade de produção inaugurada hoje tem capacidade para produzir 653 mil litros de biocombustíveis ao dia, 235 milhões de litros ao ano. Quando entrar em fase de produção, terá capacidade para esmagar um milhão de toneladas por ano. A empresa será construída numa área de 387 mil metros quadrados.
Novos projetos
Mal os dois projetos entraram em funcionamento e Barreto já prepara outros estudos para investimentos futuros, desta vez a ideia é construir uma oleoquímica, com base em óleos vegetais, para a produção de plásticos, sabão entre outros. "A gente fica contando essas coisas e o pessoal acha que é mais um maluco no mercado, mas temos uma ideia futura bastante interessante, a respeito da construção de uma oleoquímica, com óleos naturais, para fabricar derivados de plásticos com óleos naturais, ela será uma base de matéria-prima. Cada caso é um caso e isso deve acontecer após 2014", finalizou ele.
O governador Marconi Perillo lembrou que ainda no seu primeiro governo a direção da futura empresa o procurou em busca de incentivos fiscais. Marconi ressaltou que na época tomou todas as providências para viabilizar o empreendimento, que a partir de agora deve gerar emprego e renda para a população do Norte de Goiás. “A Bionasa certifica Goiás como grande produtor de energia limpa”, salientou o governador.
O governador enfatizou que o investimento da Bionasa é anterior até mesmo ao projeto da Ferrovia Norte-Sul, mas foi concebido a partir do projeto de construção da ferrovia, que para ele se constituirá num grande corredor de exportação, ligando o Norte ao Sul do País. Outro fator importante, segundo o governador, será a criação da plataforma logística de Porangatu, que vai garantir o pleno escoamento da produção da região.
Diversificação
Com atuação nos mercados de tabaco e energia limpa, o Grupo Jaraguá está confiante no lançamento de duas empresas do Grupo, a Bionasa, usina de biodiesel, que utilizará vegetais oleaginosos como soja, girassol, algodão para produzir o combustível. E a Onasa, esmagadora de grãos que estará no mesmo complexo industrial da co-irmã, em Porangatu, no norte de Goiás.
Segundo o presidente executivo da
empresa e sócio do Grupo Jaraguá, Francisco Barreto, essa diversificação
de negócios partiu do intuito de aproveitar as oportunidades do mercado
brasileiro, que já demonstrou uma demanda crescente pelo combustível.
"Nós não estamos mudando o foco do grupo, estamos apenas dando abertura
para novos projetos. A área de tabaco continua ativa e vai bem, mas
estamos diversificando nosso negócio dada a necessidade do mercado. Ou
seja, nós temos um mercado que demanda mais e mais energia a cada dia. O
Brasil está sendo importador de óleo diesel cada vez maior, então
estamos aqui para fazer isso", contou ele com exclusividade ao DCI.
No início das atividades, a usina irá operar a 20% da sua capacidade
total durante os três primeiros meses, 60% em mais três meses, e somente
após nove meses ela poderá operar em sua capacidade máxima. "Quando se
compra um carro novo você não sai dirigindo 50 mil quilômetros no mesmo
dia, pois o motor não aguenta, e na usina é a mesma coisa, nós temos de
colocá-la para funcionar gradualmente e após nove meses ela já pode
operar 100%", disse.
Barreto acredita que depois de a usina atingir a sua capacidade máxima,
em um ano o grupo deve faturar algo em torno de R$ 600 milhões, fato que
deve acontecer em 2012. Além disso, o executivo afirmou que após 2014 a
usina deve passar por um processo de ampliação. "O projeto da Bionasa
foi o primeiro a surgir, e agora estamos inaugurando ela. Levamos três
anos para construí-la. Ela possui uma capacidade de expansão de
aproximadamente 30% da capacidade atual instalada. Em um segundo momento
nós temos a intenção de expandi-la, acredito que a expansão ocorrerá
logo após o término da Onasa, que deve acontecer em 2014."
O parque industrial está localizado entre a Rodovia Belém-Brasília, e o
trecho ferroviário da Norte-Sul, que para o executivo foi a maior razão
para a escolha da localidade. "O parque industrial está em Porangatu no
norte de Goiás, na margem da Rodovia Belém-Brasília, e ao fundo passa a
ferrovia Norte-Sul, que já está praticamente pronta naquela região. Com
esta rodovia e a estação de transbordo da ferrovia temos uma logística
muito privilegiada".
Mais investimentos
O grupo Jaraguá lançou a pedra fundamental para a unidade esmagadora de
grão no mesmo complexo em Goiás. Para essa instalação, a empresa espera
investir R$ 280 milhões, com a data de conclusão para o ano da copa do
mundo. "A Onasa tem o triplo do tamanho da Bionasa, com 35 hectares. As
duas empresas juntas devem gerar cerca de 400 empregos diretos e mais de
6 mil indiretos. Vai chover currículo aqui", brincou Barreto. A
esmagadora que servirá como base de matéria-prima para a usina de
biodiesel da companhia terá a capacidade de processar 1 milhão de
toneladas de grãos por ano, e também irá operar inicialmente com soja.
"Essa é uma empresa que deve faturar quando instalada a sua capacidade
máxima cerca de R$ 900 milhões por ano. Somente na Onasa investiremos R$
280 milhões. Podemos até atrair investidores para os projetos,
entretanto o capital principal é brasileiro, até para mantermos a nossa
liderança no projeto", completou e empreendedor.
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