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Biodiesel valoriza o sebo nacional


BiodieselBR.com - 28 mar 2011 - 12:04 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:16

O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) contribuiu para a valorização do sebo bovino, um subproduto da indústria pecuária nacional. A análise é do Boletim dos Combustíveis Renováveis, divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério de Minas e Energia. De acordo com o documento, o biodiesel agrega valor ao sebo, cujo preço tem crescido nos últimos anos, em comparação com o do óleo de soja.

De 2004 a 2007, a relação entre o preço do sebo bovino e o preço do óleo de soja era, em média, de 60%. A partir de setembro de 2007 (pouco antes do início da obrigatoriedade do B2), verificou-se o início de uma maior aproximação entre os preços. Desde esse período até o mês passado, a relação entre os preços dessas duas matérias-primas subiu para 88%.

Desde o início da produção comercial de biodiesel no País, os frigoríficos passaram a atuar no fornecimento de matéria-prima para a indústria. Historicamente, o sebo tem custo inferior ao do óleo vegetal, tornando atrativa a produção de biodiesel.

A produção de biodiesel a partir do sebo bovino vem crescendo a cada ano no Brasil. De acordo com o boletim mensal do MME, os dados fornecidos pelos produtores à ANP indicam uma produção de 191,6 milhões de litros em 2008, 258 milhões em 2009 e 320,1 milhões em 2010.

Com um dos maiores rebanhos bovinos comerciais do mundo ? cerca de 200 milhões de cabeças ?, o Brasil abate cerca de 40 milhões de cabeças por ano. Hoje, o sebo bovino é a segunda matéria-prima mais utilizada na produção de biodiesel (13,8% do total no ano passado), perdendo apenas para a soja (82,0%).

Além do biodiesel, o sebo bovino é destinado à indústria alimentícia, à indústria de produtos de higiene e limpeza e à produção de ração animal.

O relatório na íntegra pode ser acessado aqui (.PDF 7MB).

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Ari Silveira - BiodieselBR.com