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Biomassa

Geração de eletricidade a partir de biomassa


BiodieselBR - 02 fev 2006 - 23:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

A única tecnologia comercial utilizada em larga escala é a combustão direta da biomassa em caldeiras, em ciclos a vapor, com produção de 40 GWe em unidades médias com potência de 20 MW. A combustão direta poderia atingir US$0,042/ kWh com custos progressivamente menores da biomassa, e com alguns avanços tecnológicos (pré-secagem do material, transporte/alimentação, fornalhas próprias para material com alto teor de alcalis).

As duas outras tecnologias consideradas para conversão termelétrica são:

a. Combustão mista de biomassa/carvão, com até 10-15% de madeira, e custo de US$ 100-700/kW;

b. Gasificação da biomassa e uso do gás em ciclos combinados.

Esta última não é ainda uma tecnologia comercial, existindo apenas na etapa de planta piloto, com potencia variável dentre 5-30 MWe. Outras tecnologias envolvem a gaseificação pressurizada ou atmosférica; o aquecimento direto ou indireto, leito fixo (limitado a pequeno porte) ou CFB; com injeção de ar ou oxigênio. Em todos os casos há necessidade de avanços tecnológicos para sua viabilização.

Nos países do Primeiro Mundo, com a tecnologia atualmente disponível, uma planta de 30 MWe, usando madeira (com custo de US$4/GJ) teria eficiência elétrica líquida de 41-45%, gerando energia na faixa de US$ 4000/kWe. As projeções para a próxima década indicam plantas com potência de 110 MWe, com custos de US$1600- 2400/KWe instalado, e com custo da energia gerada de US$0,07­0,09/kWh, considerando o custo da biomassa a US$4./GJ.

Considerando a evolução nos custos internacionais de biomassa e da tecnologia, as projeções futuras indicam que, em 2030, o custo poderá cair para US$ 1100/kw, quando o kWh de energia produzida atingiria, a valores de hoje, US$0,04/ kWh.

No Brasil, já foi possível antecipar a redução de custos. A planta projetada para construção na Bahia, utilizando madeira (abaixo de US$ 1,5/GJ), com potência instalada de 32 MWe, teria 37% de eficiência elétrica líquida – base PCS – com custo de US$ 2500/kWe, uma redução superior a 40% em relação aos países do Hemisfério Norte.