Rodrigo Rodrigues
Os desafios para implantar o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel - PNPB
Com dois anos de vigência da obrigatoriedade da mistura de biodiesel ao diesel mineral, esse mercado de um novo combustível renovável continua impondo desafios para o governo, para a sociedade e para a iniciativa privada. O desafio inicial de introduzi-lo de forma sustentável no mercado, em curto período de tempo, foi superado. Transcorridos apenas quatro anos desde o lançamento do marco regulatório do programa temos uma capacidade instalada de 3,6 bilhões de litros por ano. Em 2010, o consumo com o B5 é estimado em 2,3 bilhões de litros, o que permitirá classificar o Brasil como o segundo maior mercado mundial de biodiesel, atrás apenas da Alemanha.
Entretanto, cerca de 85% do biodiesel produzido no Brasil tem a soja como matéria-prima. Governo e produtores reconhecem que essa oleaginosa não é a mais apropriada em termos de rendimento de óleo por hectare cultivado, porém é a que está disponível em grande quantidade. Aqui reside o maior gargalo: diversificar a disponibilidade de matérias-primas oleaginosas tornando-as economicamente viáveis para a produção de biodiesel.
O desafio é estabelecer e manter os mecanismos de incentivo que vão da pesquisa agrícola à produção sustentável ao longo do tempo. E a solução não comporta milagres. Será necessário tempo, perseverança e continuidade das políticas públicas de incentivo.
Para ampliar o consumo de biodiesel além da mistura obrigatória, serão necessárias economias de escala e escopo que aproximem os preços relativos do biodiesel com o do diesel fóssil e a continuidade dos programas de testes veiculares com percentuais superiores de mistura, valiosa contribuição que a indústria automobilística tem oferecido ao programa.
Com dois anos de vigência da obrigatoriedade da mistura de biodiesel ao diesel mineral, esse mercado de um novo combustível renovável continua impondo desafios para o governo, para a sociedade e para a iniciativa privada. O desafio inicial de introduzi-lo de forma sustentável no mercado, em curto período de tempo, foi superado. Transcorridos apenas quatro anos desde o lançamento do marco regulatório do programa temos uma capacidade instalada de 3,6 bilhões de litros por ano. Em 2010, o consumo com o B5 é estimado em 2,3 bilhões de litros, o que permitirá classificar o Brasil como o segundo maior mercado mundial de biodiesel, atrás apenas da Alemanha.
Entretanto, cerca de 85% do biodiesel produzido no Brasil tem a soja como matéria-prima. Governo e produtores reconhecem que essa oleaginosa não é a mais apropriada em termos de rendimento de óleo por hectare cultivado, porém é a que está disponível em grande quantidade. Aqui reside o maior gargalo: diversificar a disponibilidade de matérias-primas oleaginosas tornando-as economicamente viáveis para a produção de biodiesel.
O desafio é estabelecer e manter os mecanismos de incentivo que vão da pesquisa agrícola à produção sustentável ao longo do tempo. E a solução não comporta milagres. Será necessário tempo, perseverança e continuidade das políticas públicas de incentivo.
Para ampliar o consumo de biodiesel além da mistura obrigatória, serão necessárias economias de escala e escopo que aproximem os preços relativos do biodiesel com o do diesel fóssil e a continuidade dos programas de testes veiculares com percentuais superiores de mistura, valiosa contribuição que a indústria automobilística tem oferecido ao programa.
Rodrigo Augusto Rodrigues - Coordenador da Comissão Executiva Interministerial do Biodiesel