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Biodiesel

Óleo de fritura incrementa cooperativa de Lençóis Pta.


Jornal da Cidade de Bauru - 15 out 2007 - 07:44 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

Depois do papel, das latinhas de alumínio e garrafas pet, agora chegou a vez do óleo de cozinha ser reciclado pelas cooperativas. É o que vem ocorrendo há cerca de seis meses em Lençóis Paulista (43 quilômetros de Bauru).

Desde 2003 é feita a coleta seletiva de lixo na cidade. Agora, aproveitando a estrutura e as instalações da Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo da Prefeitura, a Cooperativa de Reciclagem também está recolhendo óleo usado em fritura nas residências. Além de transformá-lo em dinheiro, com a venda para empresas que o utilizam como matéria-prima para fabricar detergente e sabão, os cooperados reforçam ainda mais sua contribuição em prol do meio ambiente.

O óleo de fritura, normalmente, é dispensado pelos moradores que, até então, eram obrigados a jogar fora, em ralos de pia ou na própria terra, poluindo o meio ambiente. Desde que começou o projeto para recolha do óleo de fritura, os moradores passaram a armazenar o produto em garrafas pet e entregá-las aos coletores.

Segundo o diretor de Agricultura e Meio Ambiente de Lençóis Paulista, engenheiro Benedito Luiz Martins, a iniciativa ficou conhecida como “Projeto Óleo Bom”. “Porque ele continua sendo bom, só não pode ser jogado na natureza”, comenta.
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A Cooperativa de Reciclagem de Lençóis Paulista possui cerca de 45 cooperados que realizam a separação dos recicláveis presentes no lixo recolhido nos bairros do município. De acordo com Martins, o projeto é uma parceria entre a cooperativa, a Associação dos Deficientes Físicos de Lençóis Paulista (Adefilp) e a Prefeitura Municipal. “Nós foram concedida as instalações da Usina de Reciclagem para que essa parceria faça a separação de materiais recicláveis que vai no lixo comum. Têm pessoas que não separam, por mais que a gente peça. Então neste lixo comum ainda tem bastante recicláveis”, explica o diretor.

Todos os dias, de segunda a sábado, cerca de 10 pessoas fazem a coleta do lixo nas residências - a cidade foi dividida em seis regiões. “De segunda a sábado é feita a coleta seletiva, uma vez por semana em cada região, com 10 pessoas da cooperativa. Elas vão com os carrinhos de mão mas têm o apoio de um contêiner grande que fica naquela região. Então elas vão de porta em porta, batem palma, pegam os recicláveis, põem nos carrinhos e levam para estes contêineres”, relata Martins.

De acordo com o engenheiro, existe um tanque em cada um dos contêineres onde também são armazenados os óleos de cozinha recolhidos. Assim como o lixo reciclável, este óleo posteriormente também é recolhido e levado à Usina de Reciclagem e depositado em um tanque maior, com capacidade para mil litros. Quando o tanque estiver cheio - o que leva geralmente duas semanas - a empresa compradora recolhe o óleo mediante pagamento à cooperativa. “Estamos arrecadando cerca de 120 a 150 litros por dia só nas residências”, comemora Martins.

Lucro

O diretor de Agricultura e Meio Ambiente de Lençóis Paulista, engenheiro Benedito Luiz Martins, explica que por enquanto a cooperativa consegue um lucro mensal, com a venda do produto, entre R$ 700,00 e R$ 800,00.

“Cada cooperado tem ganho mensal entre R$ 530,00 e R$ 580,00. O óleo está agregando, até o presente momento, em torno de R$ 700,00 a R$ 800,00 por mês. Ou seja, o que é coletado com a venda do óleo hoje já é possível pagar um funcionário e meio dentro da cooperativa”, comemora.

Davi Venturino