Grupo paulista avalia viabilidade do biodiesel em Rondônia

As discussões sobre o biodiesel começam a ganhar impulso em Rondônia atendendo à proposta do governador Ivo Cassol de garantir combustível alternativo com responsabilidade ambiental e, principalmente, emprego e renda para o produtor rural. Com a proposta de avaliar a viabilidade agronômica de Rondônia, desde o início da semana encontra-se em Porto Velho o engenheiro agrônomo Manoel Virgílio de Siqueira, representante do grupo paulista Bionasa Combustível Natural S.A, que tem indústria em fase de implantação no Estado de Goiás.

A vinda do engenheiro ocorreu após contato do governador Ivo Cassol com os empresários de São Paulo, quando foi discutida a possibilidade de Rondônia acelerar o processo de exploração dos recursos naturais ou culturas introduzidas para a fabricação do biodiesel.

Por intermédio do secretário de Estado de Planejamento, João Carlos Ribeiro, Manoel Virgílio manteve contato em Porto Velho com as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes), além da Embrapa, Emater e Incra, tomando conhecimento dos sistemas de produção agrícola, de distribuição das propriedades rurais e culturas oleaginosas existentes e promissoras para a produção de biodiesel.

“Não podemos permitir que pessoas estranhas continuem explorando nossos recursos naturais, trazendo mão de obra de fora, por isso precisamos avançar esses para atrair novas indústrias de forma legal e garantir mais divisas para Rondônia”, destacou o governador Ivo Cassol.

De acordo com o engenheiro agrônomo, Rondônia apresenta-se como um Estado potencial ao biodiesel tendo como base a soja, plantas nativas, como babaçu, bacuri, buriti e tucumã; ou com a introdução de novas culturas de interesse da indústria, a exemplo do pinhão manso.

O estudo será apresentado agora à análise da diretoria da Bionasa Combustível Natural S.A, que deverá delinear novas estratégias com vistas à avaliação da viabilidade econômica para instalação da indústria no Estado, ampliando as chances de emprego e geração de renda no setor rural paralelamente ao que ocorre na zona urbana que vive as expectativas de instalação de dois shoppings centers atraídos pela expansão energética quando da construção das usinas do Santo Antônio e Jirau no rio Madeira.