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Análise Semanal 30.mar.09
Pólo de Biocombustíveis
O fim do Pólo de Biocombustíveis da ESALQ na realidade não é o fim. Não é porque na prática nunca começou. Ele funcionou precariamente desde sua instalação.
Os problemas do Pólo começaram antes mesmo da inauguração. Houve uma disputa entre as cidades de Ribeirão Preto, Campinas, Sertãozinho e São Carlos para abrigarem a instituição. A USP de Ribeirão Preto argumentava que possuía muito mais condições em biodiesel do que Piracicaba, mais voltada ao etanol.
Agora o Pólo vai para a cidade de São Carlos, que não tem a mesma tradição em biocombustíveis e pode ser o primeiro passo para acabar de vez com a idéia de termos um centro funcional.
Quem deu a explicação clara porque o Pólo foi fechado foi o professor Roque Dechen, diretor da ESALQ: “Não teria tido aporte de recursos até então”.
O Pólo foi idealizado com a intenção de reunir em um único local, ações de fomento, pesquisa e captação de recursos, discussões de políticas públicas sobre biocombustíveis, especialmente em biodiesel. Ou seja, unificar e centralizar todos os esforços em pesquisa e desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil. As idéias ficaram apenas no papel.
Preço do diesel
A semana foi marcada por diversas notícias sobre os altos preços da gasolina e do diesel comparados com os preços internacionais. Foram repercutidas declarações do presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, e do presidente da BR Distribuidora José Eduardo Dutra na audiência do Senado federal.
O presidente da Petrobras argumentou que os preços dos derivados continuarão altos para compensar o prejuízo que a Petrobras teve no ano passado, quando o preço do petróleo ultrapassou U$ 140 por barril. No entanto, no ano passado, o próprio Gabrielle disse que a estatal não estava trabalhando com prejuízo porque a alta do petróleo foi neutralizada pela queda forte na cotação do dólar.
Segundo Mirian Leitão, colunista do jornal O Globo, a declaração de Gabrielle no senado é uma confissão de dumping, onde o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) poderia ser acionado. Já que durante parte do ano passado a Petrobras vendeu derivados de petróleo abaixo do preço de custo.
O presidente da Petrobras disse ainda que a gasolina é mais barata que a água. O que não é verdade. A única água mais cara que a gasolina é a mineral embalada em pets de meio a dois litros. E são caras porque são embaladas, altamente tributadas e os varejistas trabalham com uma enorme margem de lucro. Já Dutra afirmou que os preços estão altos em virtude da exagerada margem de lucro das distribuidoras. Parece ter esquecido que ele é o presidente da maior distribuidora de derivados de petróleo do Brasil.
Enquanto a estatal informa para confundir e não abaixa os preços dos derivados de petróleo, o setor de biocombustíveis agradece.
Óleo de soja - Cotações
Na bolsa de Chicago a cotação do óleo de soja foi de estabilidade durante a semana. Ocorreram oscilações acentuadas durante os pregões, mas a semana terminou com a cotação na mesma casa. O fechamento do dia 20/03 para a posição de julho foi de U$ 0,3252 por libra peso e na sexta feira dia 27/03 fechou a U$ 0,3272.
No mercado interno houve um leve aumento do óleo posto SP. Durante a semana passada o preço alcançou R$ 1.850,00. Para pagamento a vista.
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