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Análise da semana 10.jun.09


BiodieselBR.com - 10 jun 2009 - 12:11 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:08

Análise Semanal 10.jun.09

A soja e o petróleo
A crise financeira internacional derrubou as cotações das principais commodities agrícolas e metálicas no mundo inteiro. Petróleo e óleo vegetais estavam com preço nas alturas. O petróleo bateu U$ 147 por barril e no auge da crise caiu para U$ 30 por barril. O óleo de soja alcançou U$ 0,70 por libra peso na bolsa de Chicago, e na baixa provocada pela crise foi para U$ 0,2825 por libra peso.

Nos últimos trinta dias o petróleo voltou a subir e neste início de mês encostou nos U$ 70 o barril. O óleo de soja segue a mesma tendência e já ultrapassou os U$ 0,40 por libra peso. Mais uma vez fica evidenciado que os preços do petróleo e dos óleos vegetais oscilam em paralelo.

Essa tendência começou em 2004, quando o biodiesel começou a ganhar notoriedade e diversos países iniciaram produções comerciais em grande escala. O que era considerado tendência, agora é uma certeza. Como os óleos vegetais podem substituir parte do petróleo, o mercado imputará um preço equivalente ao do petróleo.

Em razão da crise econômica mundial, alguns analistas do setor de energia e petróleo têm afirmado que os preços médios do petróleo devem ficar em torno de U$ 50 o barril durante este ano e que o aumento das últimas semanas é fruto de movimentos especulativos. Esse aumento nas cotações, tanto do petróleo, como dos óleos vegetais, não tem alterado para cima os preços no mercado interno. Pelo contrário, com a valorização do real, o preço do óleo de soja no mercado interno tem caído nos últimos dias.


Práticas ambientais e o futuro do biodiesel
As exigências internacionais na certificação de produtos devem aumentar ano a ano. Os países importadores cada vez mais exigirão dos países produtores e das empresas produtoras certificados de produtos sustentáveis de todos os tipos. E não só para os biocombustíveis. Qualquer commodity deverá ter no futuro um certificado de neutralização de impactos ambientais e sociais.

O Brasil, um grande exportador de diversas commodities a preços competitivos, será afetado por essas barreiras. Aliás, já está sendo impactado pelos disfarces criados para proteger os produtores desses países. Como exemplos: a sobretaxa cobrada pelos americanos na exportação brasileira de etanol e o índice de iodo na especificação do biodiesel europeu.

Estar a frente dos futuros problemas e iniciar projetos que se enquadrem nas exigências do mercado poderá ser o caminho da sobrevivência de muitas empresas. Quem vem trabalhando com essa pró-atividade é a Vale, maior consumidora brasileira de diesel, que há anos quer incorporar mais biodiesel em sua frota, mas diante do insucesso até agora, vai produzir biodiesel para seu consumo. A intenção da empresa é utilizar o dendê como matéria-prima.

Essa decisão da Vale deverá ser um dos caminhos do biodiesel no Brasil. Grandes empresas nacionais, grandes consumidores de diesel e ainda organizações municipais, estaduais e federais consumindo e/ou produzindo biodiesel.


Cotações
Na bolsa de Chicago o preço do óleo de soja trabalhou com alta durante a semana passada, mas voltou a cair nos dias oito e nove de junho. Iniciou a semana passada cotado a U$ 0,3921 por libra peso e fechou na terça feira (09/06) cotado a U$ 0,3958. No mercado interno o preço foi de estabilidade durante toda a semana passada e no início desta semana, permanecendo ao redor de R$ 1.900,00 por tonelada com ICMS, posto São Paulo.


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