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Equipamentos: esterificação, tancagem e automação


BiodieselBR.com - 19 jul 2007 - 09:14 - Última atualização em: 20 jan 2012 - 10:19
Esterificação
Além dos equipamentos obrigatórios utilizados na reação de transesterificação, algumas usinas buscam equipamentos opcionais para produzir biodiesel pelo processo de esterificação. É o caso de Barralcool, Granol, Caramuru, Agrenco e Bionasa, que adquiriram esses equipamentos para transformar material graxo de baixa qualidade – proveniente do processo de pré-tratamento do óleo e também de outras gorduras de qualidade inferior – em biodiesel. “Hoje sabemos que a matéria- prima representa mais de 80% do custo de produção. A busca de alternativas de matérias graxas de menor custo torna-se importante para se ter maior competitividade no negócio”, diz Barbosa, da Dedini. Com a esterificação, segundo ele, há maior rendimento da matéria-prima, redução no custo de produção e não há mais geração de resíduos. “Com uma unidade de esterificação anexa ao processo é possível aproveitar até 5% de matérias graxas de menor qualidade e custo”.

A única usina que trabalha somente com o processo de esterificação é a Agropalma. Com equipamentos desenvolvidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela utiliza a borra do dendê como matéria-prima – um resíduo do processo de refino do óleo.

Tancagem
É no parque de tancagem onde são armazenados o óleo bruto, óleo tratado, álcool, biodiesel não analisado, biodiesel especificado, água glicerinosa, glicerina purificada e outros produtos líquidos necessários ao processo. Nesse setor, que abriga tanques, bombas e interligações entre os tanques, também há uma estação de carga e descarga de produtos líquidos.

Na hora de carregar o biodiesel nos caminhões-tanque, um equipamento é fundamental para controlar a quantidade exata que está sendo vendida: o sistema de medição de vazão de combustível automatizado. “Esse sistema tem respaldo metrológico do Inmetro. Ele garante uma medição exata da quantidade de biodiesel que está sendo carregada, evitando qualquer prejuízo para a usina”, diz Bruno Barsanti, gerente nacional de vendas da Metroval.

Automação
Com tantas unidades interdependentes, tudo precisa estar conectado para fazer o complexo industrial inteiro funcionar em sincronia. Empresas que fornecem e montam equipamentos também realizam a integração de toda a planta através de um sistema de automação, permitindo assim que os operadores possam ter a supervisão e o controle da planta em tempo real.

Projetos mais estruturados requerem um grande investimento inicial em equipamentos. Mas o investidor sabe que, em um mercado cada vez mais competitivo como o de combustíveis, a economia de centavos de real– seja no ganho de escala, na geração de matéria- prima ou no beneficiamento e comercialização de co-produtos – vai determinar, em última análise, quem vai estar dentro e quem vai estar fora desse jogo.