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Cinética: Mais itens; Leilões em 2011; Mercado livre; Disputa acirrada


BiodieselBR.com - 05 jun 2010 - 09:40 - Última atualização em: 19 dez 2011 - 17:05

Por Miguel Angelo Vedana

Mais itens
Apesar de ter causado transtornos apenas para as pequenas usinas de biodiesel sem o selo, o leilão eletrônico deve mudar. As mudanças não causarão euforia, pois o leilão continuará sendo eletrônico. A idéia que norteia a mudança é dar mais espaço exatamente para as prejudicadas no último leilão. Segundo a proposta, o certame passaria a ter mais itens de volume menor para dar mais opções para as pequenas usinas. Essa mudança deve vir já no 18º leilão da ANP. O único problema dessa fórmula é a duração do certame. Com 88 itens, o leilão demorou dois dias para terminar; com mais itens, podem ser necessários quatro dias para finalizá-lo.

Leilões em 2011
Outra mudança estudada mas que deve levar mais tempo para se concretizar é a introdução das distribuidoras nesse processo de compra. A forma como esse leilão seria realizado ainda está em estudo, mas seria um grande passo em direção a um mercado mais livre.

Não confundir
O governo federal, através do programa de biodiesel, incentiva o pequeno produtor rural e não o pequeno produtor de biodiesel. Tem gente fazendo confusão. Hoje a meta do governo é encontrar meios de diminuir o preço do biodiesel.

Skype
Uma nova versão do programa Skype, utilizado para conversas entre pessoas e empresas, deve ser lançada a tempo do próximo leilão de biodiesel. Mesmo com as mudanças, o programa não será à prova de interceptações.

Mercado livre
Quando em 2008 o ex-presidente da Brasil Ecodiesel José Carlos Aguilera defendia a adoção imediata do mercado livre de leilões, os donos das outras usinas não entendiam qual seria a vantagem da Ecodiesel, já que a localização das unidades nunca foi um dos seus pontos fortes. Agora que a empresa perdeu o selo social de duas usinas operantes fica mais fácil ver os benefícios que ela teria com o mercado livre. E deve haver mais motivos ainda não conhecidos, ou então Aguilera anteviu a perda do selo com muita antecedência.

Disputa acirrada
Com a retirada do selo de quatro usinas – duas da Ecodiesel, a da CLV e uma da Agrenco (MT) –, o MDA deixou mais pesada a cruz das usinas pequenas e sem selo. Como essas unidades não poderão participar do primeiro lote, a oferta no segundo lote deve aumentar em mais de 107 milhões de litros. Em comparação, a oferta total desse mesmo lote no leilão 17 não chegava nem a 60 milhões de litros.

Além disso, a disputa entre as empresas com selo também será maior. É quase certo que participem desse lote as usinas da BSBios/Petrobras (PR) e Olfar (RS), e talvez as usinas da Caramuru de Ipameri (GO) e Camera (RS). Com toda essa oferta extra, muitas usinas não conseguirão vender o almejado no lote com o selo e concorrerão junto com as usinas sem o selo. Fica difícil imaginar o tamanho do deságio nesse lote.

O único alento nessa situação toda é que é improvável que a usina da Agrenco esteja finalizada e com todas as autorizações prontas até o início do leilão. A companhia informou que tem como meta concluir a obra até 30 de junho de 2010.

Um lembrete: mantida a fórmula do 17º leilão, as usinas têm que estar com a documentação pronta no começo de maio.

Tags: Cinética