PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
015

Cartas do Leitor - edição 15


BiodieselBR.com - 18 fev 2007 - 15:41 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:10


Brasil Ecodiesel voltou?


"A reestruturação da Brasil Ecodiesel está sendo feita por bons profissionais e bons administradores. Ressalvo somente para a fiscalização na implantação de novos projetos industriais e/ou agrícolas. Desejo sucesso à Brasil Ecodiesel, pois tem uma parte de mim nesta empresa, que ajudei a construir."
Francisco Edvan Pereira


Alternativa ignorada

"Muitos municípios já possuem projetos e ações de coleta e reciclagem dos óleos e gorduras residuais (OGRs). A maioria está no interior do Estado de São Paulo. Informar e educar a população não é algo fácil. Além disso, os projetos dependem de integração com as instituições públicas de ações sociais, e as ações em nossos meios políticos geralmente têm problemas de continuidade. A transformação de OGRs em biodiesel é perfeitamente possível e viável, desde que se conheça em certa profundidade as nuances da química e da física. Fizemos inúmeros testes de transformação de OGRs em biodiesel na usina da AustenBio, sendo que em alguns testes houve o acompanhamento de instituições públicas no controle de qualidade e especificação. O processo se mostrou perfeitamente viável, ou seja, o biodiesel tem condições de competir com o preço do óleo diesel. O relatório desses testes está de posse da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar)."
Richard Fontana
Diretor de Tecnologia da AustenBio
Londrina – PR


"Há, sim, viabilidade para a coleta e beneficiamento do óleo vegetal usado aqui no Brasil, tanto é que estamos avançando em média 10% ao ano nessa questão. Atualmente já coletamos 6 milhões de litros de óleos e gorduras usadas, gerando aproximadamente 3 mil empregos diretos e algo em torno de 8 mil indiretos. São mais de 80 empresas e 50 ONGs que atuam com a reciclagem do óleo em todo Brasil. Todas as capitais dispõem de coleta e reciclagem de óleos vegetais. No tocante ao interesse de países europeus na coleta, não há condições estruturais de fazer este projeto lá, pois os sistemas de saneamento são em sua maioria muito eficientes. Apenas como exemplo, a França tem 98% do seu território coberto por coleta e tratamento de esgoto. Aqui no Brasil não chega a 40%. As companhias de saneamento geralmente jogam o esgoto no rio mais próximo."
Levi Torres
Coordenador de Projetos da Ecóleo - Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem de Resíduos de Óleo Comestível
São Paulo – SP



Mamona no NE

"Ano passado apresentei minha dissertação de mestrado na Universidade de Brasília (UnB), intitulada “Sistemas produtivos de mamona para a produção de matéria-prima para biodiesel na região Nordeste do Brasil”, que apresenta os resultados de uma pesquisa de campo no Ceará e na Bahia. Entre alguns dos absurdos que ocorrem e que ficam por trás das falácias do governo estão: entrega de sementes de baixa qualidade pela Petrobras, prefeituras cedendo máquinas pesadas e que causam compactação do solo, uma assistência técnica sucateada e sem profissionais suficientes para atender aos agricultores, movimentos sociais e prefeituras que só cedem recursos aos agricultores “filiados” (os outros ficam no fim da fila), e, no final de tudo, as bagas recebidas pela Petrobras (toneladas) ficam jogadas estragando e o óleo recebido vai para a indústria ricinoquímica. Toda a pesquisa foi embasada em entrevistas com técnicos da assistência rural, pesquisadores, cooperativas, produtores, elo de insumos e agroindústria."
Maria de Fátima
Bióloga e mestre em Agronegócios pela UnB



Jatropha

"O pinhão-manso pode dar certo – e está dando aqui no Nordeste. Tenho acompanhado essa planta durante três longos anos e posso dizer com tranqüilidade que estamos no caminho certo. Terras propícias ao plantio aqui no Nordeste facilitam muito o cultivo, e a produtividade tem sido boa. Somente sinto que os pequenos agricultores familiares não têm acesso a este cultivo, por ser caro, trabalhoso e levar tempo para dar sua primeira colheita. Mas acho que com a ajuda do governo isso poderia dar certo. Deveria haver uma política mais séria para este assunto."
Gilberto Pereira
Itatuba – PR