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13º leilão de biodiesel


BiodieselBR.com - 30 abr 2007 - 14:48 - Última atualização em: 23 jan 2012 - 09:21
Capacidade ociosa da indústria e baixa demanda derrubaram o preço do biodiesel

Alice Duarte, de Curitiba


O 13º Leilão de Biodiesel da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado no dia 27 de fevereiro, foi palco de uma disputa acirrada pela comercialização do biocombustível. A grande capacidade ociosa da indústria e a baixa demanda fizeram com que o preço do litro tivesse um deságio de 8,72%, um dos maiores até agora. O pregão comercializou 315 milhões de litros em dois lotes, movimentando R$ 678,5 milhões, com um valor médio de R$ 2,154 o litro.


Polêmica

Ao contrário da cautela com que as usinas fizeram seus lances no leilão anterior, que registrou um deságio médio de 0,55%, o que se viu foram ofertas bem agressivas. A polêmica ficou por conta dos lances da Petrobras: R$ 1,70 por litro para um volume de 16,5 milhões de litros. A estatal ficou de fora do primeiro e maior lote e precisou adotar estratégias agressivas no segundo lote para não ficar com as usinas paradas no segundo trimestre. A diretriz principal da estatal era operar as três usinas com capacidade plena. Com o litro do óleo de soja cotado em R$1,80 na data do pregão, os empresários do setor acusaram a Petrobras de realizar dumping (venda abaixo do preço de custo para eliminar a concorrência).

“Grandes empresas ficaram de fora e muitas, com medo de deixar a usina parada por 90 dias, acabaram baixando o preço o quanto puderam”, disse Olavo Piton, diretor da Biocamp (MT).