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Canola: Barreiras e mercado


BiodieselBR.com - 04 mai 2007 - 08:52 - Última atualização em: 23 jan 2012 - 09:22


Barreiras


Apesar dessas vantagens, o Brasil ainda está muito atrasado em relação a outros países quando o assunto é o plantio, manejo e produção de óleo de canola. Hoje a importação da oleaginosa no Brasil ainda é grande. O Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior (MDIC) não disponibiliza dados de importação específicos sobre a planta. Por questão de padronização do Mercosul, o volume de importação do óleo de canola é somado com os óleos de nabo silvestre e mostarda, que no ano passado totalizaram 13,5 mil toneladas.

Hoje o produtor terá que enfrentar problemas comuns de uma cultura em fase inicial de implantação, como a pouca disponibilidade de cultivares e sementes no mercado, a inexistência de produtos químicos registrados no Mapa para uso específico na canola, escassez de resultados conclusivos de pesquisas, sensibilidade da cultura a doenças e, além disso, sua deiscência, ou seja, a maturação e abertura espontânea do fruto, com queda das sementes no solo antes que estas sejam colhidas.

Mas as barreiras que impedem o crescimento da produção interna estão sendo superadas aos poucos por alternativas viáveis. Uma saída encontrada pela Embrapa foi investir em um banco genético para garantir produtividade e retorno da cultura no Brasil, principalmente para a fabricação de biodiesel.


Mercado

A liquidez de mercado torna a comercialização da canola segura e atrativa, graças ao crescimento do setor de biodiesel e à demanda por alimentos. Seu óleo é um dos mais saudáveis, pois possui elevada quantidade de Ômega-3 (no corpo humano, reduz triglicerídeos e controla arteriosclerose), vitamina E (antioxidante que diminui os radicais livres), gorduras monoinsaturadas e o menor teor de gordura saturada de todos os óleos vegetais, reduzindo o LDL, o mau colesterol. O elevado percentual de proteínas faz do farelo de canola um excelente suplemento protéico na formulação de rações para bovinos, suínos, ovinos e aves.

De acordo Battistella, a cultura da canola é significativamente atraente tanto para as indústrias de biodiesel como para os agricultores. Em termos práticos, a cultura permite a geração e a diversificação de renda, a criação de postos de trabalho e, principalmente, a compra garantida de toda a produção em virtude da grande demanda do setor de biodiesel. Sua expansão pode até mesmo abrir espaço para o mercado internacional, com grande potencial de exportação para a Europa, um dos principais consumidores do produto.