Microalgas: Cenário
Cenário
Na avaliação do professor Roberto Derner, para que as microalgas possam ser usadas na produção de biodiesel são necessárias ainda muitas pesquisas. Segundo ele, são muitos os gargalos até que se alcance um pacote tecnológico, considerando os aspectos biológicos, técnicos e, principalmente, os aspectos econômicos relacionados a esta atividade. “Atualmente, nenhuma pesquisa, seja de universidade ou de empresa privada tem possibilidade de aplicação imediata. Quase tudo está ainda para ser desenvolvido”, diz. Ele informa que no Brasil existem diversos grupos de pesquisa cultivando microalgas em frascos de até alguns poucos litros, porém a questão principal é como extrapolar os resultados para milhares (ou milhões) de litros, que é a real necessidade para a produção de biomassa de microalgas em uma planta de produção comercial de biodiesel. “Isso demonstra a quase total falta de experiência em relação à produção em larga escala. Produzir microalgas e extrair a fração lipídica é possível, assim como transformar essa matéria em biodiesel – pelo menos em nosso projeto foi o que fizemos. Porém, fazer tudo isto numa escala muito maior é outro assunto”, pondera o professor.
Para Derner isso somente se tornará viável por meio da aplicação de sistemas integrados com outros processos de produção. Ele cita como exemplo o uso de efluentes de algum processo industrial (ou esgotos municipais) como fonte de nutrientes para o crescimento das microalgas; o aproveitamento do dióxido de carbono resultante de algum processo de combustão (termoelétrica, por exemplo) para a injeção nas culturas de microalgas visando alcançar elevadas taxas de crescimento e produtividade (e o seqüestro do carbono que seria lançado na atmosfera); e o emprego da biomassa produzida tanto para a extração da fração lipídica (para biodiesel) quanto para algum outro uso nobre. “Talvez, assim, tenhamos um pacote tecnológico, coisa que até o momento muitos pesquisadores e diversas empresas vêm buscando”, diz.
Mas a busca por soluções ainda precisa percorrer um longo caminho e o incentivo à pesquisa no Brasil nesta área ainda é muito pequeno em relação ao potencial que esta matéria-prima tem demonstrado em todo o mundo. Assim mesmo, o pesquisador da UFF é otimista e diz não ter dúvidas de que dentro de alguns anos, talvez uma década, as microalgas estejam incluídas na matriz energética de muitos países, inclusive do Brasil. Resta saber se não será tarde demais.
Na avaliação do professor Roberto Derner, para que as microalgas possam ser usadas na produção de biodiesel são necessárias ainda muitas pesquisas. Segundo ele, são muitos os gargalos até que se alcance um pacote tecnológico, considerando os aspectos biológicos, técnicos e, principalmente, os aspectos econômicos relacionados a esta atividade. “Atualmente, nenhuma pesquisa, seja de universidade ou de empresa privada tem possibilidade de aplicação imediata. Quase tudo está ainda para ser desenvolvido”, diz. Ele informa que no Brasil existem diversos grupos de pesquisa cultivando microalgas em frascos de até alguns poucos litros, porém a questão principal é como extrapolar os resultados para milhares (ou milhões) de litros, que é a real necessidade para a produção de biomassa de microalgas em uma planta de produção comercial de biodiesel. “Isso demonstra a quase total falta de experiência em relação à produção em larga escala. Produzir microalgas e extrair a fração lipídica é possível, assim como transformar essa matéria em biodiesel – pelo menos em nosso projeto foi o que fizemos. Porém, fazer tudo isto numa escala muito maior é outro assunto”, pondera o professor.
Para Derner isso somente se tornará viável por meio da aplicação de sistemas integrados com outros processos de produção. Ele cita como exemplo o uso de efluentes de algum processo industrial (ou esgotos municipais) como fonte de nutrientes para o crescimento das microalgas; o aproveitamento do dióxido de carbono resultante de algum processo de combustão (termoelétrica, por exemplo) para a injeção nas culturas de microalgas visando alcançar elevadas taxas de crescimento e produtividade (e o seqüestro do carbono que seria lançado na atmosfera); e o emprego da biomassa produzida tanto para a extração da fração lipídica (para biodiesel) quanto para algum outro uso nobre. “Talvez, assim, tenhamos um pacote tecnológico, coisa que até o momento muitos pesquisadores e diversas empresas vêm buscando”, diz.
Mas a busca por soluções ainda precisa percorrer um longo caminho e o incentivo à pesquisa no Brasil nesta área ainda é muito pequeno em relação ao potencial que esta matéria-prima tem demonstrado em todo o mundo. Assim mesmo, o pesquisador da UFF é otimista e diz não ter dúvidas de que dentro de alguns anos, talvez uma década, as microalgas estejam incluídas na matriz energética de muitos países, inclusive do Brasil. Resta saber se não será tarde demais.