Microalgas: Próximos passos
Próximos passos
Derner informa que os resultados são de propriedade da Petrobras por força de um contrato de sigilo entre os envolvidos no projeto. Por conta disso, em relação às conclusões é possível informar apenas que foram identificadas algumas espécies com potencial de cultivo visando à produção de biodiesel. Essas microalgas estão catalogadas e serão mantidas em pequenas culturas tanto na Furg como na UFSC. “A UFSC recebeu uma pequena quantia dos recursos para o pagamento de bolsas de pesquisa para três alunos do curso de graduação em Aqüicultura e para a compra de parte do material utilizado no projeto”, diz o professor.
Segundo Derner, esse projeto está quase sendo finalizado e a Petrobras está transferindo a tecnologia gerada na UFSC e na Furg para outras instituições do Nordeste, de modo que as pesquisas serão continuadas por outros pesquisadores. De acordo com ele, o destino é o Rio Grande do Norte, onde existe um centro da Petrobras e onde também está localizada a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), além de universidades que podem desenvolver pesquisas complementares. A Emparn tem mais de 35 anos de experiência cultivando microalgas, direcionadas até então para alimentar camarões, mas desde 2007 vem pesquisando uma espécie nativa com boas propriedades para a produção de biodiesel.
A Petrobras também está estudando o apoio a outra pesquisa, feita pelo Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF). Lá está a principal coleção brasileira de microalgas marinhas em cultivo, com mais de 200 variedades genéticas. A coleção é dirigida pelo biólogo Sérgio Lourenço, autor de um livro sobre o assunto e com experiência de 18 anos no cultivo e fisiologia de microalgas. “Levantei resultados muito úteis à produção de biodiesel em 1995, quando eu estava pensando em usar as microalgas na alimentação de animais”, relata. O projeto já foi aprovado tecnicamente pelo Cenpes da Petrobras e, segundo Lourenço, a expectativa é que nos próximos meses a estatal passará efetivamente a financiar o estudo.
A pesquisa da UFF visa baixar custos e desenvolver sistemas altamente eficientes de cultivo. Muitas espécies já foram estudadas quanto à produção de biomassa e geração de óleos. “Estes estudos vêm revelando resultados extremamente promissores”, diz. Já foram desenvolvidas técnicas de cultivo que viabilizam o aumento dos teores de lipídeos de 14% (massa seca) para 48% em algumas variedades, após dez dias de cultivo, com adição de gás carbônico durante a fase clara dos cultivos. “Resultados como este podem tornar empreendimentos muito mais produtivos, pois o aproveitamento da biomassa aumenta muito”, diz. Ele estima que algumas microalgas possam gerar mais de 90 mil litros de biodiesel por hectare ao ano.
No entanto, Lourenço não revela quais microalgas estão sendo pesquisadas, pois não quer prejudicar o possível acordo com a Petrobras, que exige exclusividade quanto ao uso dos resultados da pesquisa. Ele diz que recebe diariamente dezenas de telefonemas de pessoas interessadas em investir. “É preciso grandes investimentos para entrar neste campo. Não há lugar para pequenos”.
Derner informa que os resultados são de propriedade da Petrobras por força de um contrato de sigilo entre os envolvidos no projeto. Por conta disso, em relação às conclusões é possível informar apenas que foram identificadas algumas espécies com potencial de cultivo visando à produção de biodiesel. Essas microalgas estão catalogadas e serão mantidas em pequenas culturas tanto na Furg como na UFSC. “A UFSC recebeu uma pequena quantia dos recursos para o pagamento de bolsas de pesquisa para três alunos do curso de graduação em Aqüicultura e para a compra de parte do material utilizado no projeto”, diz o professor.
Segundo Derner, esse projeto está quase sendo finalizado e a Petrobras está transferindo a tecnologia gerada na UFSC e na Furg para outras instituições do Nordeste, de modo que as pesquisas serão continuadas por outros pesquisadores. De acordo com ele, o destino é o Rio Grande do Norte, onde existe um centro da Petrobras e onde também está localizada a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), além de universidades que podem desenvolver pesquisas complementares. A Emparn tem mais de 35 anos de experiência cultivando microalgas, direcionadas até então para alimentar camarões, mas desde 2007 vem pesquisando uma espécie nativa com boas propriedades para a produção de biodiesel.
A Petrobras também está estudando o apoio a outra pesquisa, feita pelo Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense (UFF). Lá está a principal coleção brasileira de microalgas marinhas em cultivo, com mais de 200 variedades genéticas. A coleção é dirigida pelo biólogo Sérgio Lourenço, autor de um livro sobre o assunto e com experiência de 18 anos no cultivo e fisiologia de microalgas. “Levantei resultados muito úteis à produção de biodiesel em 1995, quando eu estava pensando em usar as microalgas na alimentação de animais”, relata. O projeto já foi aprovado tecnicamente pelo Cenpes da Petrobras e, segundo Lourenço, a expectativa é que nos próximos meses a estatal passará efetivamente a financiar o estudo.
A pesquisa da UFF visa baixar custos e desenvolver sistemas altamente eficientes de cultivo. Muitas espécies já foram estudadas quanto à produção de biomassa e geração de óleos. “Estes estudos vêm revelando resultados extremamente promissores”, diz. Já foram desenvolvidas técnicas de cultivo que viabilizam o aumento dos teores de lipídeos de 14% (massa seca) para 48% em algumas variedades, após dez dias de cultivo, com adição de gás carbônico durante a fase clara dos cultivos. “Resultados como este podem tornar empreendimentos muito mais produtivos, pois o aproveitamento da biomassa aumenta muito”, diz. Ele estima que algumas microalgas possam gerar mais de 90 mil litros de biodiesel por hectare ao ano.
No entanto, Lourenço não revela quais microalgas estão sendo pesquisadas, pois não quer prejudicar o possível acordo com a Petrobras, que exige exclusividade quanto ao uso dos resultados da pesquisa. Ele diz que recebe diariamente dezenas de telefonemas de pessoas interessadas em investir. “É preciso grandes investimentos para entrar neste campo. Não há lugar para pequenos”.