StoneX eleva previsão de consumo de diesel B no Brasil a 67,5 bi de litros em 2024
O consumo de diesel B (misturado com biodiesel) do Brasil deve alcançar 67,5 bilhões de litros em 2024, estimou nesta quarta-feira a StoneX, elevando em aproximadamente 400 milhões de litros sua previsão, com avanço da economia e aumento na demanda por fretes.
Com a nova previsão, a expectativa é de um aumento de 3% do consumo de diesel no país neste ano ante 2023.
As vendas de óleo diesel por distribuidoras no Brasil cresceram 3,6% no acumulado do ano até agosto, ante o mesmo período do ano anterior, a 44,7 bilhões de litros, destacou a consultoria.
"O avanço do PIB acima das expectativas do mercado e a pauta exportadora fortalecida nas três principais frentes de escoamento de produtos ao exterior – agropecuária, extrativista e de transformação – garantiu um aumento significativo da demanda por fretes a nível nacional, gerando assim um avanço das vendas do combustível", disse a StoneX em relatório.
Para 2025, as expectativas seguem de uma demanda aquecida por diesel B no Brasil, com as primeiras projeções da StoneX apontando para um avanço de 2,4% do indicador, totalizando 69,1 bilhões de litros, segundo a StoneX.
"A continuidade de atividades econômicas aquecidas e as expectativas de boas safras agrícolas contribui para um cenário positivo das vendas do combustível ao longo do ano que vem, atingindo um novo recorde da série histórica", afirmou.
A StoneX previu ainda um leve avanço da demanda por diesel A (puro) de 0,7% neste ano ante o ano passado, devido a um aumento da mistura de biodiesel no diesel vendido nos postos de 12% para 14% a partir de março.
Em contrapartida, as importações de diesel A devem crescer 4,3% neste ano versus 2023, para 15,1 bilhões de litros.
O aumento das compras externas, segundo a StoneX, ocorre em meio a um "aumento das exportações do derivado fóssil por alguns Estados, principalmente Bahia e Rio Grande do Norte, o que gerou uma necessidade maior de aquisição do energético provido por fornecedores externos".
Marta Nogueira – Reuters