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Produção e consumo

Janeiro de 2025 teve maior volume de diesel importado para o período em 3 anos


BiodieselBR.com - 12 fev 2025 - 11:47

O ano começou com as importações de diesel em alta. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram mais de 1,22 milhão de m³ importados em janeiro, tornando a abertura de 2025 a maior dos últimos três anos. O volume atual só fica atrás dos 1,47 milhão de m³ de janeiro de 2022 – ano que, até hoje, detém o recorde de importações anuais, com aproximadamente 15,7 milhões de m³.

Embora não tenham sido tão expressivas, as importações continuam elevadas. No ano passado, os importadores trouxeram para o país pouco mais de 14,1 milhões de m³.

Janeiro marcou o segundo mês consecutivo de alta nas importações, após o recuo registrado em outubro. Isso ocorreu apesar do crescente descolamento entre os preços praticados pela Petrobras e os preços de referência internacionais.

As compras de óleo diesel custaram ao Brasil US$ 717,2 milhões, o equivalente a R$ 4,32 bilhões, considerando a taxa de câmbio média do Banco Central.

{viewonly=registered,special}O ano começou com as importações de diesel em alta. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foram mais de 1,22 milhão de m³ importados em janeiro, tornando a abertura de 2025 a maior dos últimos três anos. O volume atual só fica atrás dos 1,47 milhão de m³ de janeiro de 2022 – ano que, até hoje, detém o recorde de importações anuais, com aproximadamente 15,7 milhões de m³.

Embora não tenham sido tão expressivas, as importações continuam elevadas. No ano passado, os importadores trouxeram para o país pouco mais de 14,1 milhões de m³.

Janeiro marcou o segundo mês consecutivo de alta nas importações, após o recuo registrado em outubro. Isso ocorreu apesar do crescente descolamento entre os preços praticados pela Petrobras e os preços de referência internacionais.

As compras de óleo diesel custaram ao Brasil US$ 717,2 milhões, o equivalente a R$ 4,32 bilhões, considerando a taxa de câmbio média do Banco Central.

Contra a corrente

Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em janeiro os preços da Petrobras apresentaram uma defasagem média de 17,4% em relação às cotações de referência, tornando-se o maior desconto médio desde agosto passado, quando a média ficou próxima de 19%. O reajuste de R$ 0,22 no preço do litro do diesel só foi aplicado pela Petrobras no final de janeiro.

Desde o final de outubro, não houve um único dia em que tenha valido a pena – ao menos financeiramente – optar pelo diesel importado em vez do produto da Petrobras. O descolamento entre os dois preços foi se ampliando até meados de janeiro, quando a diferença chegou a 25%. Esse movimento foi, em parte, impulsionado pelas taxas de câmbio, com o dólar fortalecido frente ao real desde o final de novembro. A situação só começou a se estabilizar na segunda quinzena de janeiro.

Esse refluxo no câmbio também contribuiu para a queda na diferença entre o produto da Petrobras e o diesel importado, que fechou janeiro com uma defasagem de 15,1%.

Na média, cada m³ de diesel vindo de fora custou US$ 585,18 – cerca de R$ 3.523,47 – o que representou uma valorização de 3% sobre o valor médio pago em dólares no mês de dezembro, sendo o maior valor mensal desde julho passado.

Desconto menor

Em janeiro, a Rússia dominou 62% do mercado nacional de importações de diesel. Foram 758 mil m³, permitindo ao país europeu recuperar uma fatia de mercado que, em dezembro, havia sido perdida para os Estados Unidos.

A Rússia, no entanto, tem reduzido os descontos que aceita para conseguir colocar seu óleo diesel no mercado brasileiro e escapar das sanções impostas pela Europa desde a invasão da Ucrânia. Em janeiro, o diesel russo chegou aos portos do Brasil custando US$ 576,85 por m³, apenas 3,6% menos do que os US$ 598,68 pagos aos demais exportadores.

Um ano antes – em janeiro de 2024 – o deságio do diesel russo era de 8%.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com