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Insumo

ThyssenKrupp traz minifábrica de metanol ao Brasil


BiodieselBR.com - 12 jun 2017 - 14:18

A ThyssenKrupp Industrial Solutions trouxe ao país uma nova tecnologia de produção de metanol, que possibilita a instalação de minifábricas do insumo. Hoje, não há produção nacional e todo o metanol consumido no país, cerca de 1 milhão de toneladas por ano, é importado. A estratégia do grupo alemão é atuar em nichos de mercado, oferecendo a tecnologia a clientes que optem por produzir metanol para uso próprio em substituição às importações.

"Uma empresa que tenha água disponível, cogeração e utilize metanol em seu processo produtivo pode deixar de importar e passar a produzir para consumo próprio ou para compartilhar", diz o executivo-chefe da ThyssenKrupp Industrial Solutions do Brasil, Paulo Alvarenga. A indústria de papel e celulose e fabricantes de biodiesel, que pode ser obtido a partir do metanol, estão no radar da Thyssen.

Com investimento de US$ 30 milhões a US$ 50 milhões, é possível ter uma minifábrica própria com produção de 10 a 50 toneladas por dia. Para efeito de comparação, uma unidade de produção de metanol com escala global produz, no mínimo, entre 1,3 mil e 1,5 mil toneladas por dia, o que inviabilizou a operação de fábricas menores e fechou linhas no Brasil.

De acordo com o gerente de desenvolvimento de negócios da ThyssenKrupp Industrial Solutions, Luiz Antonio Mello, o principal diferencial da tecnologia, que incorpora a eletrólise da água para liberação de hidrogênio, que é posteriormente combinado ao gás carbônico, é justamente o porte. "A grande inovação é a combinação de duas tecnologias tradicionais. Não há grande desafio tecnológico [para implantação de uma minifábrica]", afirma. Por isso, o prazo de implementação da minifábrica gira em torno de 15 a 18 meses.

Além disso, a Thyssen aposta que o investimento em uma unidade própria reduz gastos com logística, já que o insumo tem de ser importado atualmente. A tecnologia já está disponível comercialmente e foi desenvolvida pela Thyssen na Alemanha, como parte da estratégia do grupo de ampliar a sinergia entre suas diferentes operações, colocada em marcha a partir de 2011. "Temos tradição em metanol e em eletrólise. Juntamos as duas tecnologias e vemos oportunidade de mercado", diz Mello. Na Europa, a Swiss Liquid Future já utiliza a tecnologia, porém com finalidade energética.