BiodieselBR.com 29 jun 2020 - 11:20

A situação do mercado brasileiro de óleo diesel está reduzida a uma guerra de versões: distribuidores reclamam que, por falta de biodiesel, precisam racionar o volume de combustível que estão entregando aos postos; já as usinas negam que haja problemas. Todas as três entidades representativas do setor – Abiove, Aprobio e Ubrabio – divulgaram notas nas quais garantem que a oferta vem sendo suficiente. Em meio ao tiroteio, os dados oficiais que poderiam esclarecer de vez se há mesmo um rombo no abastecimento e qual seu tamanho real, continuam sendo divulgados à conta-gotas e os pedidos dos feitos por fabricantes de biodiesel para que fosse criado um comitê de crise ficaram sem resposta.

Hoje, quem busca os números oficiais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre as vendas de combustíveis no país tem acesso aos dados com pelo menos um mês de atraso. Foi só no final da tarde da última quarta-feira (24) que os volumes referentes ao mês de maio passaram a ser disponibilizados na nova área de painéis dinâmicos do portal da agência. Já quem procura a página de dados estatísticos, tem acesso aos dados só até abril. A atualização é esperada para a semana que vem.

Em tempos normais, essa demora não seria um grande problema. Acontece que não estamos em tempos normais. A crise do coronavírus desestabilizou substancialmente o mercado de combustíveis durante terceiro bimestre.

O recrudescimento da epidemia no Brasil e adoção de políticas de isolamento social e restrição à mobilidade adotadas para combatê-la deixou turva a bola de cristal que as distribuidoras costumam usar para projetar suas compras a cada leilão de biodiesel. Tanto é que a abertura do Leilão 72 teve que ser adiada em uma semanas enquanto representantes da cadeia tentavam se entender.


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