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Granol certifica duas de suas três usinas de biodiesel


BiodieselBR.com - 26 mai 2020 - 17:00

Mais um dos grandes grupos industriais do setor de biodiesel está – finalmente – pronto para fazer sua estreia no mercado de CBios. A Granol acaba de receber da ANP as certificações necessárias para que duas de suas três usinas comecem a emitir CBios. Foram mais de cinco meses de espera desde que a empresa colocou a documentação de suas usinas em consulta pública.

Embora seja o quarto maior fabricante de biodiesel e tenha – de longe – a maior capacidade instalada do Brasil com quase 1,2 bilhão de litros, a Granol será um player relativamente modesto no mercado de CBios. Pelos menos inicialmente. As certificações das unidades de Cachoeira do Sul (RS) e de Porto Nacional (TO) permitirão que a empresa emita até 160,7 mil CBios por ano, cerca de 3,5% dos mais de 4,5 milhões de títulos que o setor foi autorizado a emitir até este momento.

Entre as usinas de biodiesel já certificadas pela ANP, as da Granol ocupam a lanterna em termos da quantidade de CBios que poderão emitir. Além disso, a capacidade máxima de emissão de títulos dificilmente será atingida. No ano passado, a produção real em Cachoeira do Sul foi de 12,8 milhões de litros enquanto a de Porto Nacional ficou em 92,4 milhões de litros.

{viewonly=registered,special}Mais um dos grandes grupos industriais do setor de biodiesel está – finalmente – pronto para fazer sua estreia no mercado de CBios. A Granol acaba de receber da ANP as certificações necessárias para que duas de suas três usinas comecem a emitir CBios. Foram mais de cinco meses de espera desde que a empresa colocou a documentação de suas usinas em consulta pública.

Embora seja o quarto maior fabricante de biodiesel e tenha – de longe – a maior capacidade instalada do Brasil com quase 1,2 bilhão de litros, a Granol será um player relativamente modesto no mercado de CBios. Pelos menos inicialmente. As certificações das unidades de Cachoeira do Sul (RS) e de Porto Nacional (TO) permitirão que a empresa emita até 160,7 mil CBios por ano, cerca de 3,5% dos mais de 4,5 milhões de títulos que o setor foi autorizado a emitir até este momento.

Entre as usinas de biodiesel já certificadas pela ANP, as da Granol ocupam a lanterna em termos da quantidade de CBios que poderão emitir. Além disso, a capacidade máxima de emissão de títulos dificilmente será atingida. No ano passado, a produção real em Cachoeira do Sul foi de 12,8 milhões de litros enquanto a de Porto Nacional ficou em 92,4 milhões de litros.

Esse nível de produção permitiria que a Granol colocasse somente 29,6 milhares de CBios à venda.

Percentual baixo

O principal motivo da pouca capacidade de geração de CBios da Granol no mercado de descarbonização vem do baixo percentual de sua produção considerado elegível para a emissão de CBios. A usina de Cachoeira do Sul está certificando menos de 8,8% de sua capacidade, enquanto Porto Nacional a fração passa um pouco de 17%. Os percentuais são rigorosamente os mesmos que foram apresentados na fase de consulta pública de ambas as usinas.

O baixo percentual da Granol reflete as dificuldades que o setor vem enfrentando para certificar o biodiesel produzido a partir da soja. As regras do RenovaBio exigem um nível de controle sobre a cadeia de fornecimento de matérias-primas que os fabricantes ainda não tinham. Isso levou boa parte dos fabricantes a certificarem somente a parcela de sua produção feita a partir de gorduras animais e óleos residuais. A Granol foi justamente a primeira empresa do setor a topar o desafio ao certificar a unidade de Porto Nacional

A nota de eficiência energético ambiental (NEEA) – número que exprime quando o biocombustível de um determinado fabricante emite a menos que o combustível fóssil que substitui – das usinas da Granol também se mantiveram praticamente inalterados. O número de Cachoeira do Sul caiu de 80,2 para 79,6 gCO2eq/MJ enquanto o de Porto Nacional melhorou de 46,7 para 50,9.

A posição da Granol no mercado poderá subir ao menos um pouco quando for emitida da certificação para a usina de Anápolis. A planta é a maior de biodiesel do país com uma capacidade de fabricar 558 milhões de litros por ano. Apesar disso ela sobre com as mesmas dificuldades que as outras plantas do grupo somando baixo percentual elegível (18%) com uma NEEA relativamente pouco favorável (49,7 gCO2eq/MJ).

Com base nesses números, a unidade goiana da Granol poderia colocar, no máximo, mais de 165,4 mil CBios por ano no mercado.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com