Coamo quer entrar no mercado de biodiesel

Com a aprovação da Lei do Combustível do Futuro, atores – tanto novos quanto já estabelecidos – vêm mirando o setor de biodiesel. Um dos possíveis novos entrantes é a Coamo. Entre as maiores do país, a cooperativa declara ter 32 mil membros e receita de R$ 28,7 bilhões no último ano. Segundo informações publicadas pelo site AgFeed, a Coamo vem estudando investir cerca de R$ 300 milhões para colocar uma usina em Paranaguá (PR).

A decisão ainda não seria definitiva, mas os estudos de viabilidade do projeto já estariam em estágio avançado. Ao menos por enquanto, o projeto não aparece na relação de novas usinas em construção mantida pela ANP.

Maior porto do Paraná – e uma das principais rotas de saída do agronegócio do Brasil –, a cidade já conta com uma planta da Coamo com capacidade nominal para processar até 2 mil toneladas de soja por dia (660 mil toneladas por ano).

A ideia é aproveitar as cerca de 130 mil toneladas de óleo de soja bruto que a unidade pode produzir para garantir o abastecimento da nova planta.

Além do complexo de Paranaguá, a Coamo conta com outras duas esmagadoras de soja – Campo Mourão (PR) e Dourados (MS) – cada uma das quais com capacidade para processar até 3 mil toneladas de grãos por dia. No último ano, o parque industrial da Coamo processou 2,67 milhões de toneladas de soja.

A meta é que a usina de biodiesel esteja pronta para começar a operar até 2026.

Essa não é a primeira investida da Coamo no ramo de biocombustíveis. Em dezembro passado, a cooperativa aprovou um investimento de R$ 1,67 bilhão para instalar uma usina de etanol de milho em Campo Mourão (PR), dos quais R$ 500 milhões serão financiados pelo BNDES.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações AgFeed