Incêndio de grandes proporções atingiu refinaria de Manguinhos, no Rio
Um incêndio de grandes proporções atingiu a refinaria de Manguinhos, na zona norte do Rio, na tarde desta segunda-feira (17). De acordo com informações do Centro de Operações da Prefeitura do Rio, o incêndio teve início por volta das 14h (horário de Brasília).
Os bombeiros divulgaram às 15h38 que as chamas já tinham sido controladas e que apenas uma pessoa precisou de atendimento por ter inalado fumaça. Não há relatos de outros feridos.
Segundo a refinaria, um caminhão que estava estacionado na área de descarga pegou fogo – as chamas se espalharam pelo pátio rapidamente.
Em nota, a refinaria afirmou ainda que "apura o real motivo do incêndio". "A empresa está focada agora em controlar o incêndio e preservar a vida dos colaboradores que trabalham no local."
O controle das chamas demandou uma megaoperação com o trabalho de dez quartéis dos bombeiros do Rio. O fogo destruiu pelo menos nove caminhões-tanque estacionados no pátio da refinaria.
As labaredas também geraram uma grande coluna de fumaça preta que pode ser vista de várias partes da capital fluminense na tarde desta segunda.
Um motorista de aplicativo de celular relatou à reportagem ter observado a coluna de fumaça na Ilha do Governador, bairro da zona norte que fica a 12 quilômetros do local do incêndio.
O incêndio causou interdições no trânsito na região da refinaria. A pista lateral da avenida Brasil, na altura da linha amarela (sentido centro), foi interditada para a passagem de veículos.
A empresa também informou que abrirá uma sindicância para apurar as causas do incêndio.
Manguinhos
Desapropriada em 2012, a refinaria de Manguinhos reabriu em 2014 com a anulação do decreto de desapropriação no STF (Supremo Tribunal Federal). À época, o governo Sérgio Cabral embasou a desapropriação em uma dívida de R$ 406 milhões da refinaria, por não recolher impostos sobre as vendas de combustíveis.
Inaugurada em 1954, Manguinhos é hoje controlada pelo grupo empresarial do advogado Ricardo Magro. Foi investigada em 2013 por sonegação fiscal. O caso foi arquivado.
Apesar do nome, a refinaria não refina petróleo desde 2012. Ela atua apenas na última etapa da produção da gasolina. O termo técnico seria formular gasolina, já que a empresa compra nafta, que já é um derivado de petróleo, e faz o estágio final do beneficiamento do produto.
A empresa opera atualmente sob o nome de Renit e neste ano patrocinou o clube de futebol Vasco da Gama, além de ter pago inserções de merchandising na novel A Força do Querer, da TV Globo.