Pela primeira vez no ano, CBios ficam abaixo de R$ 30
Com o ciclo 2025 do RenovaBio se aproximando do fim, o preço dos créditos de descarbonização (CBios) ainda se mantém em queda. Na primeira quinzena de dezembro, os títulos foram negociados por, em média, R$ 28,06 – ficando abaixo de R$ 30 pela primeira vez no ano.
Em comparação com as últimas semanas de novembro, houve uma queda de 17,7%. O valor também está 49,9% abaixo da média de 2025, de R$ 56,06, e 65,2% aquém da média histórica do programa, de R$ 80,73.
Os números são resultados de cálculos realizados pelo NovaCana a partir dos dados divulgados pela bolsa de valores brasileira B3, a única entidade registradora do programa.
No início de dezembro, 6,42 milhões de papéis foram negociados (alta de 114% na comparação anual), movimentando (-18,8%).
{viewonly=registered,special}Com o ciclo 2025 do RenovaBio se aproximando do fim, o preço dos créditos de descarbonização (CBios) ainda se mantém em queda. Na primeira quinzena de dezembro, os títulos foram negociados por, em média, R$ 28,06 – ficando abaixo de R$ 30 pela primeira vez no ano.
Em comparação com as últimas semanas de novembro, houve uma queda de 17,7%. O valor também está 49,9% abaixo da média de 2025, de R$ 56,06, e 65,2% aquém da média histórica do programa, de R$ 80,73.
Os números são resultados de cálculos realizados por BiodieselBR.com a partir dos dados divulgados pela bolsa de valores brasileira B3, a única entidade registradora do programa.
No início de dezembro, 6,42 milhões de papéis foram negociados (alta de 114% na comparação anual), movimentando (-18,8%).
Por sua vez, o preço de negociação dos CBios variou entre R$ 24,30 e R$ 34,95. O maior valor foi visto no dia 1º, enquanto o menor foi registrado no dia 15.
“Os números refletem todas as operações de compra e venda envolvidas em um ciclo de negociação. Assim, no caso de intermediações realizadas por corretoras ou outras instituições, primeiro é realizada uma operação de compra das quantidades e, depois, uma operação de venda para o investidor final”, explica a B3.
Ainda conforme a B3, entre janeiro e a primeira quinzena de dezembro, o volume financeiro das negociações alcançou R$ 4,72 bilhões. O valor está 37,5% abaixo do visto no mesmo recorte de 2024, quando foram movimentados R$ 7,55 bilhões.
O volume de CBios, por sua vez, apresentou uma queda de 1,3% na mesma comparação, saindo de 85,32 milhões para 84,19 milhões.
A queda mais acentuada no montante financeiro pode ser justificada pelo cenário de retração nos preços visto ao longo do ano, provocado por uma maior oferta em relação à demanda.
Faltando apenas uma quinzena para o fim do prazo para o cumprimento da meta do RenovaBio, os créditos disponíveis no mercado já podem ultrapassar em 16,5% o objetivo para 2025, de 49,36 milhões de CBios. Considerando os créditos em estoque no fechamento da sessão nesta segunda, 15, os papéis retirados de circulação neste ano e os 181 mil títulos que foram aposentados de maneira antecipada em 2024, o volume total chega a 57,48 milhões.
A meta foi definida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O montante considera, além dos 40,39 milhões de créditos aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), também os 10,49 milhões de CBios que ficaram pendentes do ano passado. Além disso, foram descontados 1,52 milhão de títulos das metas individuais das distribuidoras que cumpriram contratos de longo prazo com produtores de biocombustíveis.
Posse e aposentadoria
Em 15 de dezembro, a B3 encerrou a sessão com 24,54 milhões de créditos em circulação. O montante representa 49,7% do objetivo calculado pela ANP para o ano.
Do total de CBios disponíveis no mercado ao final da quinzena, 57,9%, ou 14,22 milhões, estavam em posse das usinas certificadas no programa. Já as distribuidoras de combustíveis com metas a cumprir detinham 10,15 milhões, ou 41,3%. Assim, os 181,04 mil créditos restantes (0,7%) estavam com investidores sem metas.
Além disso, na primeira quinzena de dezembro, 7,77 milhões de créditos foram aposentados, baixa de 24% em relação aos 10,21 milhões de títulos que saíram de circulação no mesmo período do ano passado.
No acumulado de 2025, 32,76 milhões de CBios saíram do mercado, queda de 33,2% na comparação anual. Com isso, apenas 66,4% da meta do ciclo atual foi realmente alcançada até agora.
De acordo com dados atualizados da B3, as companhias sem metas no programa realizaram aposentadorias de CBios nos dias 8, 9, 10 e 15 de dezembro, totalizando 577,36 mil títulos.
Segundo as regras do RenovaBio, a retirada de circulação de créditos por companhias sem metas a cumprir pode ser deduzida dos objetivos finais do programa. Com isso, as aposentadorias feitas durante o ciclo 2025 devem ser contabilizadas no próximo ano.
Emissões
Na primeira quinzena de dezembro, as usinas certificadas no RenovaBio emitiram 1,58 milhão de CBios, alta de 18,1% na comparação anual. No acumulado do ano, as sucroenergéticas escrituraram 40,93 milhões de títulos. Em relação ao mesmo período de 2024, por outro lado, houve uma retração de 3,8%.
Segundo a ANP, 340 usinas estão atualmente certificadas para a emissão dos créditos do programa. Destas, seis fabricam biometano e outras 43, biodiesel.
Dentre as 290 usinas de etanol certificadas, 274 utilizam apenas a cana-de-açúcar como matéria-prima; oito processam cana e milho; sete, apenas milho; e uma produz biocombustível de primeira e de segunda geração de forma integrada.
Desde o início do programa RenovaBio até o momento, 199,66 milhões de CBios já foram emitidos pelas usinas de biocombustíveis.
Giully Regina – BiodieselBR.com & NovaCana





