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Política

Setor de biodiesel busca reforçar articulação com Alckmin


Fábio Rodrigues - 06 fev 2023 - 13:43

Nesta última sexta-feira (03) um grupo de representantes dos produtores de biodiesel, da agricultura familiar e parlamentares da FPBio esteve reunido com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckimin. O encontro faz parte de uma nova investida do setor para reforçar sua interlocução com membros do governo Lula com vistas a estabelecer um plano para a normalização da mistura obrigatória.

Na quinta-feira, representantes de associações do setor já haviam sido recebidos pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

De acordo com relatos do setor, Alckmin se mostrou aberto ao diálogo e reconheceu a importância da retomada da mistura do biodiesel no diesel fóssil. O vice-presidente teria respondido que “aceita a missão” ao ser convidado a liderar a articulação dentro do governo federal para a retomada da mistura de biodiesel. As associações que participaram do encontro se comprometeram prontamente em apresentar ao vice-presidente documentos que comprovam o impacto positivo do aumento do uso do biodiesel na economia, saúde, meio ambiente, na agricultura e nos empregos.

O foco é fornecer subsídios para que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) possa deliberar sobre um novo calendário para uma retomada gradual do mandato de biodiesel. A proposta do setor prevê a adoção do B12 a partir de março com aumentos até a adoção do B15 em março de 2024. Segundo as entidades, a medida garantiria segurança jurídica e previsibilidade aos produtores de biodiesel.

Este não foi exatamente o primeiro encontro do setor com Geraldo Alckmin. Ainda durante a campanha presidencial do ano passado, o então candidato teve uma reunião com representantes das três principais entidades do biodiesel – Abiove, Aprobio e Ubrabio – durante o qual recebeu uma cópia de um documento listando as principais expectativas do setor para o futuro governo.

Prejuízos

Uma resolução do CNPE de 2018 estabelecia a adoção do B15 a partir de março deste ano. Contudo, a alta nos preços do diesel ao longo dos últimos anos levou o governo Bolsonaro a decidir pela redução do mandato de biodiesel a partir de abril de 2021. Embora tenha sido anunciada como uma medida temporária, os cortes foram mantidos desde então.

Ao longo do ano passado, a manutenção do B10 fez com que as usinas deixassem de produzir 2,38 milhões de m³ de biodiesel e perdessem cerca de R$ 15,2 bilhões em faturamento.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com
Com informações da Abiove, Aprobio e Ubrabio