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Política

FUP pede à Casa Civil e ao MME suspensão da venda de ativos da Petrobras


Valor Econômico - 24 jan 2023 - 10:42

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) encaminhou ofícios ao chefe da Casa Civil, Rui Costa, e ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com pedido para que o governo negocie com a Petrobras a suspensão e reavaliação de processos de venda de ativos em andamento.

Os ofícios citam o desinvestimento na refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor). O contrato de venda para a Grepar Participações foi fechado em 2022, por US$ 34 milhões, mas o processo ainda não foi concluído. A federação também solicita a interrupção da venda do campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, que foi fechado com a Prio, mas ainda não teve a transferência finalizada.

A FUP pediu ainda a suspensão dos processos de venda da fatia da estatal na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e na Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB). Além disso, requere a interrupção da venda de ativos de exploração e produção, incluindo os polos Potiguar, Norte Capixaba, Bahia Terra, Golfinho e Camarupim.

Os documentos foram encaminhados depois de uma reunião entre o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. Bacelar afirma que suspender as vendas de ativos da estatal é uma “medida de precaução necessária”, depois do desinvestimento de 64 ativos desde 2019.

“Para além de mais de meia centena de ativos privatizados, em um verdadeiro fatiamento da companhia, vários outros estão em processo de privatização, alguns com contrato já assinado, esperando o desfecho do processo e a entrega do ativo, outros em fase vinculante", diz o documento.

A FUP lembra que a atual gestão da Petrobras segue o plano estratégico aprovado no ano passado para os anos de 2023 a 2027 e que foi divulgado ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A presidência da estatal é ocupada atualmente de forma interina pelo diretor de desenvolvimento da produção da estatal, João Henrique Ritterhaussen.

O Ministério de Minas e Energia (MME) enviou ofício em 3 de janeiro à Petrobras com a indicação de Jean Paul Prates Prates para a presidência da companhia. No momento, o nome dele passa por análises internas para avaliar a adequação para o cargo, processo que deve ser concluído nos próximos dias. Ainda não há data prevista para que ele assuma a empresa.

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Gabriela Ruddy – Valor Econômico